sábado, 28 de abril de 2012

Crítica - Os Vingadores

Simplesmente fantástico o que foi feito pelo Marvel Studios e a Disney para levar as telas o filme da super equipe de heróis, e sem sombra de dúvidas é o filme que todo fã de quadrinhos sempre esteve sedento por ver nas telas, mas sempre ficava aquele sentimento que algo estava faltando. Porém a Marvel bateu o martelo e dá aos fãs de quadrinhos o que eles sempre quiseram ver e "Os Vingadores" (The Avengers, EUA 2012) não só agrada aos fãs mais aficcionados, como aqueles que estão conhecendo o universo dos heróis agora.

Não é de hoje que a Marvel vem planejando esse filme evento, na verdade tudo começou com "Homem de Ferro" (Iron Man, EUA 2008) e na primeira aparição de Nick Fury nas já clássicas cenas pós créditos que a Marvel anunciava aos fãs o que estava por vir, o plano seguiria em frente com "Homen de Ferro 2" (Iron Man 2, EUA 2010), "O Incrível Hulk" (The Incredible Hulk, EUA 2008), "Thor" (EUA 2011) e "Capitão América - O Primeiro Vingador" (Captain America - The First Avenger, EUA 2011). Após seis filmes de seus heróis solos o cenário já estava mais que montado e as tramas prontas para se cruzarem em um filme muito maior do que os seus antecessores e "Os Vingadores" é um filme FANTÁSTICO.

Como os personagens já estão mais que apresentados ao público a trama já parte para o que interessa, para quem assistiu todos os demais filmes citados acima deve se lembrar que Loki (Tom Hiddleston em uma performance ainda melhor do que em Thor) se apoderou de um cubo de energia que seria capaz de abrir portais dimensionais na cena pós-crédito deste filme. A mesma fonte de energia que foi mostrada ao público em Capitão América e que era utilizada pela Hydra para a produção de armas durante a segunda guerra mundial. Agora de posse dessa poderosa fonte de energia e achando que o seu irmão Thor não poderá vir a Terra para dete-lo uma vez que a Bifrost (a ponte que une Asgard aos demais mundos) foi destruída pelo próprio Deus do Trovão ao final de "Thor" para deté-lo e impedir que este comece uma guerra entre os mundos.

Logo é a partir dessa premissa que o diretor Joss Whedon egresso do seriado "Buffy - A Caça Vampiros" e com apenas um longa no currículo (o fraco Seremity) faz o que parecia ser impossível e consegue a partir de uma direção sem muita burocracia fazer um filme que vai marcar sem sombra de dúvidas o mundo dos heróis nas telas do cinema para sempre.

Com inúmeros efeitos especiais e um clímax nas ruas de Nova York de dar inveja a qualquer Michael Bay da vida (alias não seria nada mal ele conversar com Whedom e aprender de uma vez por todas como se faz um plano sequência de ação dando ênfase a seis heróis sem que se perca o foco narrativo da trama), mas é só o clímax que importa no filme? Lógico que não, depois de uma primeira parte com cenas de ação que irão somente colaborar para o todo e algumas explicações necessárias, é hora de partir para o que interessa e o que todos querem ver, os heróis em ação.

Os atores estão perfeitos em seus personagens, Robert Downey Jr. consegue o tom certo para o seu Tony Stark, Chris Evans se mostra mais a vontade com o seu Capitão América, Chris Hemsworth consegue mostrar o lado mais humano de Thor e até o novato da trupe Mark Ruffalo consegue roubar a cena com uma interpretação perfeita do atormentado cientista Bruce Banner que se trasforma no Hulk (alias é deste personagem sem dúvida a melhor cena do filme e que arranca aplausos da platéia). Além desses o grupo conta ainda com a Viúva Negra interpretada por Scarlett Johansson e Hawkeye vivido pelo ator Jeremy Renner que teve uma breve aparição em Thor.

A trilha sonora pontua a ação ao longo dos 142 minutos de filme, que diga-se de passagem passam como se fossem cinco minutos.

E o 3D realmente torna a experiência ainda melhor? Sim torna, e se for no formato IMax a experiência fica melhor ainda a imersão será total e você é realmente transportado para dentro da ação.

Com todas essas qualidades e sem nada para se voltar contra o filme "Os Vingadores" é um excelente filme de super heróis e pode-se dizer que recebe nota 10 sem sombra de dúvidas e com todo o mérito.

E depois da excelente sequência final pelas ruas de Nova York, a clássica cena pós-crédito aparece e revela o que está por vir nas próximas produções do Marvel Studios e se for por esse caminho tudo o que vimos até aqui é somente a ponta do Iceberg de um plano muito maior, por isso não saia do cinema antes da cena, pois é sem sombra de dúvidas a melhor cena pós-crédito de todos os filmes Marvel até hoje.

Logo "Os Vingadores" entra para o hall dos melhores filmes de 2012 até o momento e vale a pena até uma segunda ida ao cinema para assistir mais uma vez o filme.

Então que venham os próximos filmes da Marvel e que se um possível "Os Vingadores 2" já esteja nos planos do estúdio, e quem terá a ganhar com isso tudo serão os espectadores e fãs, que com toda a certeza podem esperar por muito mais que virá pela frente, logo Avante Vingadores!!! Avante Marvel Studios!!!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Crítica - Jogos Vorazes

Desde que a cine série "Harry Potter" terminou os estúdios de Hollywood, vem se esforçando para substituí-la, porém as tentativas anteriores não foram tão bem sucedidas assim. Mas esse quadro pode mudar com a estréia de "Jogos Vorazes" (The Hunger Games, EUA 2012), apesar da temática mais adulta o filme é um forte candidado a preencher a lacuna deixada pelo bruxinho.

O filme se passa em algum tempo no futuro, após uma guerra assolar os Estados Unidos o mesmo foi dividido em doze distritos e mais a Capital, que venceu a guerra e para restabelecer a ordem no país institui que a cada ano os doze distritos devem enviar um casal para participarem dos Jogos Vorazes, um reallity show onde os participantes devem matar os oponentes e ao final somente um pode se consagrar vencedor.

É neste cenário controlado por um Estado totalitarista e controlador, que vive no décimo segundo distrito Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) com a sua irmã menor Primrose Everdeen e sua mãe. Quando sua irmã é sorteada para ser uma das representantes do distrito nos Jogos Vorazes, Katniss se oferece como tributo para ir no lugar da irmã e ao seu lado é escolhido Peeta Mellark (Josh Hutcherson).

Ao ser transportada para a Capital para se preparar para os jogos Katniss percebe que existe uma outra realidade da qual ela não está acostumada e nunca havia visto antes, pois se por um lado os povos que vivem nos distritos são oprimidos e vivem a beira da marginalidade a realidade da Capital é outro, pois existe a fartura para os seus habitantes, além de terem como principal diversão assistirem os tais Jogos Vorazes e realizarem apostas nos seus competidores favoritos. São essas mesmas pessoas que podem ser os patrocinadores dos competidores e estes também podem auxiliar os seus patrocinados a permanecerem vivos nos jogos. Mas nem tudo é fácil na competição pois a Capital pode interferir nos jogos como bem entender até mudando as regras no meio da competição. Logo qualquer semelhança com 1984 de George Orwell não é mera semelhança.

A trama tem muitos traços políticos e jogos de bastidores, que a todo tempo podem mudar o curso da competição e esse traço do roteiro fica muito evidente a medida que o filme se desemrola.

Outro ponto que chama atenção são as cenas onde a violência é extrema, ou seja, tudo é capturado pela câmera do diretor Gary Ross, que tem em seu currículo o filme "Seabiscuit" (EUA 2003) que é o mais conhecido por aqui, mas já se prepara para rodar a continuação de Jogos Vorazes que por aqui deve ganhar o título "Em Chamas" (Catching Fire) e está previsto para estreiar em novembro de 2013 nos EUA.

Tirando o seu visual que chama atenção quando o filme se transporta para a Capital, o restante da fotografia é basicamente cinzenta e escura devido a muitas cenas noturnas na floresta onde a competição acontece.

Com isso tudo a seu favor o filme agrada o público, que agora fica esperando os dois capítulos seguintes da série que tudo indica que terão mais traços políticos e não será surpresa que o último livro como já é de costume seja separado em duas partes como já foi feito na série "Harry Potter" e com a Saga Crepúsculo. Os jogos irão continuar e se o mesmo nível do primeiro filme for mantido a série tem tudo para se destacar nas telas.