sexta-feira, 26 de junho de 2009

Crítica - A Era do Gelo 3 (3D)


Em 2002 a Fox em parceria com a Blue Sky Studios lançava com algum atraso nos cinemas do mundo todo "A Era do Gelo" (Ice Age, EUA 2002), com um bom roteiro e uma narrativa com piadas inteligentes garantiram uma boa bilheteria para o longa dirigido por Chris Wedge na época. Quatro anos se passaram e "A Era do Gelo 2" (Ice Age - The Meltdown, EUA 2006), chegou aos cinemas desta vez com a direção passando para o Brasileiro Carlos Saldanha, que conseguiu acrescentar elementos a série sem exageros e fazer um filme melhor que o original.

Mais três anos se passaram e a tecnologia 3D Digital já é uma realidade, porém faltavam aos demais filmes que utilizaram essa tecnologia até hoje um roteiro que fosse aliado desta tecnologia, e é exatamente isso que "A Era do Gelo 3" (Ice Age - Dawn of the Dinosaurs, EUA 2009) consegue fazer sem deixar espaço para críticas negativas.

Ao levar o público novamente para a era glacial nos encontramos novamente com o esquilo Scrat em sua eterna busca pela bolota, só que desta vez ele não está sozinho e encontra uma concorrente a altura Scratee que irá disputar com ele ao longo de todo o filme a bolota, porém Scrath se apaixona pela esquila perdimante.

Após a introdução somos levados novamente a encontrar Manny, Diego, Sid, Ellen, Eddie e Crash que estão as voltas com o nascimento do filhote de Manny e Ellen, devido a esse fato o bando começa a se rachar e a questionar se eles podem continuar sendo uma "família". É neste momento que o atrapalhado Sid querendo ter a sua própria família, após Diego deixar o bando, encontra três ovos e os traz para a superfície alegando serem os seus filhos, ele só não conta com o fato dos ovos serem de bebês dinossauros e que a mãe verdadeira está vindo atrás dos filhotes. Ao tentar devolver os filhotes Sid também é levado pela mamãe dinossauro para o subterrâneo e mais uma vez o bando deve se unir para resgatá-lo e traze-lo novamente a superfície.

É lógico que o roteiro dá um jeito inteligente de levar Sract e Scratee para o mundo dos dinossauros, assim como a sua bolota. E os dois vão disputar a bolota ao longo de todo o filme.

O roteiro não apresenta falhas e acrescenta um elemento engraçadíssimo Buck, uma doninha que vive no subterrâneo caçando incasavelmente Rudy o maior de todos os dinossauros. Os gambas Eddie e Crash voltam ainda mais engraçados a este terceiro filme. E todos os novos elementos funcionam como devem.

E o filme ganha ainda mais se assistido em 3D, a cena do vôo com os peterodáctilos parece uma atração tirada dos parques de diversão dos EUA. E o mundo dos dinossauros em 3D realmente ganha uma vida e dimensões bem atrativas com o uso da tecnologia de 3D digital.

Realmente "A Era do Gelo 3" é um excelente longa de animação como deveria ser e não irá decepcionar ninguém, os fãs das fitas anteriores vão rir ainda mais com este terceiro exemplar da série e após as luzes de acenderem fica aquele gostinho de quero mais, bem mais com certeza está por vir e em uma nova dimensão e com tudo que os originais tinham de melhor agora literalmente saltando da tela.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Crítica - Transformers - A Vingança dos Derrotados


A começar pelo título do filme Transformers - A Vingança dos Derrotados (Transformers - Revenge of the Fallen, EUA 2009), já é uma derrota. Derrota para o público que ousa a assistir ao melhor filme RUIM da tempora. Derrota para os produtores que ousaram a produzir o filme. Derrota para os roteiristas que escreveram um roteiro raso e cheio de furos. E por fim derrota para o diretor Michael Bay que volta a sua normalidade.

Os efeitos especiais são bem feitos e Bay usa e abusa da câmera lenta para mostrar as lutas entre os bonzinhos autobots e os seus arquiinimigos decepticons. Novamente os efeitos sonoros cumprem o seu papel e a trilha sonora também não decepciona.

O problema todo então recai sobre o roteiro e a direção pífia de Michael Bay, que se mostra cansanda desde a primeira cena do filme.

Na pequena introdução com a narração in-off de Optimus Prime ficamos sabendo que o Allspark não era a única fonte de energia para os robôs alienigenas e que existe uma outra fonte o Energon, que se cair em mãos erradas pode levar o planeta a destruição.

Corta para a cena pós-crédito que mostra os autobots em conjuto com os humanos rastreando e enfrentando decepticons remanescentes no planeta. Ao final da cena ficamos sabendo que o Fallen esta planejando a sua vingança - e qualquer semelhança com a história do anjo caído não é mera coincidência - contra a raça humana e os autobots.

Dai a cena volta para os EUA onde acompanhamos Sam (Shia La Beof) indo para a faculdade e achando em seu antigo casaco um pedaço remanescente do allspark ao tocá-lo Sam adquiri o conhecimento necessário para encontrar o Energon e a Matriz. Porém a partir dai mais nada funciona no filme e o roteiro coloca todos os personagens na mesma trama.

A cena em que a mãe de Sam como biscoito de "erva" na faculdade é constrangedora. Os novos elementos que deveriam ganhar destaque na trama são pífios, resalva somente para os gêmeos autobots que dão o ar da graça em quase toda a duração do longa. O desfile de cenas constrangedoras chega ao ápice quando um decepticon em miniatura que virá para o lado dos bonzinhos simula sexo na perna de Mikaela (Megan Fox)... lamentável. John Turturo retoma o seu papel como o agente Simmons e são deles as melhores tiradas do filme e é dele também a melhor frase em relação ao amigo de Sam quando diz em alto e bom som que "Eu não aguento mais esse cara" - ele e o resto do público.

Com tantos erros e defeitos ao longo dos seus 147 minutos de duração, o filme perde o ritmo rápido e não prende a atenção do público em geral.

No fim é um filme fraco e sem atrativos e espero que os produtores não ousem a inventar um Trasnformers 3 dentro de alguns anos. Uma coisa é certa se houver um terceiro filme não será nada difícil superar a derrota que foi o segundo filme.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Crítica - A Mulher Invisível


A algum tempo o cinema nacional vem mostrando que existem profissionais talentosos que podem revitalizar o nosso cinema e colocá-lo em um lugar de destaque novamente. Então lá fui eu assistir "A Mulher Invisível" (Brasil, 2009). Para uma quinta feira a noite o cinema estava praticamente lotado o que demonstra que se tivermos boas produções o público irá comparecer.

O filme é estrelado por Selton Mello e Luana Piovani, e contam ainda com Vladimir Britcha, Maria Manoella e Fernanda Torres como seus coadjuvantes.

A história nos leva a conhecer Pedro (Selton Mello), que após levar o fora da mulher e inconformado com a situação vive recluso do mundo. Até que um dia bate em sua porta Amanda (Luana Piovani) para lhe pedir uma xícara de açucar e Pedro se apaixona a primeira vista por ela. O único problema é que Amanda não existe e somente Pedro consegue vê-la e ouvi-la. Enquanto isso Vitória (Maria Manoella) vive uma paixão platonica por Pedro, mas não sabe como irá aborda-lo para contar o que sente por ele.

As cenas em que Pedro supostamente sai com a sua nova namorada são engraçadíssimas e o destaque fica com as cenas do cinema e do restaurante.

Com várias reviravoltas na trama ao longo de toda a projeção e um roteiro ágil que não deixa furos em momento algum, "A Mulher Invisível" é um bom exemplo que o nosso cinema pode contar boas histórias, sem apelar para as pirotecnias Hollywoodianas.

A direção de Cláudio Torres em nenhum momento é burocrática e a direção dos atores também merece destaque. Selton Mello atua muito bem nas cenas em que ele tem que contracenar com o nada e fingir que Luana Piovani esta ao seu lado.

No fim a "Mulher Invisível" agrada ao público em geral e em plena época dos Blockbusters de verão americano prova que tem folego para brigar pelas primeiras posições das bilheterias.

sábado, 13 de junho de 2009

Crítica - Apenas o Fim


Apenas o começo de uma carreira promissora para o diretor Matheus Souza, que dirige o excelente "Apenas o Fim" (Brasil 2008) que estreiou em 12/06 e que injustamente diga-se de passagem está em exibição em pouquíssimas salas.

Com uma narrativa ágil, inteligente e contando com elementos da cultura pop. O filme leva os espectadores para acompanhar a última hora do relacionamento de um casal vividos pelos atores Érika Mader e Gregório Duvivier, que entre a conversa enquanto caminham pelo Campus da PUC-RIO e os flashbacks no apartamento de Tom, eles vão lembrando os momentos que tiveram juntos.

Os elementos da cultura pop que permeiam quase toda a projeção vão desde Super Mario Bros, passando por Final Fantasy, Pokemon, X-men, Star Wars e terminando em Kingdom Hearts (piada que pode passar despercebida para aqueles que não tiveram contato com o game desenvolvido pela Square Enix Disney para o PlayStation 2) - aqui faço uma confissão que a minha ex também tinha um certo problema com o Kingdom Hearts, apesar de gostar de video game.

O casal então vai passando a limpo toda a sua relação de maneira bem humorada, sem dar espaço para as longas discussões e os assuntos vão surgindo naturalmente. A química entre os protagonistas deu tão certo que é inevitável o público não torcer pelo casal, apesar de estar claro que o fim está muito próximo.

É difícil não se identificar com algumas das diversas conversas que o casal tem no filme, pois todo casal já teve alguma parecida ou senão a mesma, pois é um tema universal.

A narrativa permanece a mesma ao longo de toda a projeção e não perde em nenhum momento a sua agilidade. Destaque também para a fotografia que alterna imagens em preto e branco e coloridas em algumas cenas do longa.

No final "Apenas o Fim" é um longa que vale a pena ser visto e revisto, uma surpresa do nosso cinema e que prova que temos bons cineastas se formando no país.


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Estréias - Dia dos Namorados

Tudo bem o clima de amor está no ar, hoje se vêem muitos casais em tudo o que é lugar, fila em tudo que é lugar e como não poderia deixar de ser no cinema também.

Era de se esperar que então entrassem em cartaz comédias bem açucaradas para se curtir a dois como requer a data. Porém os distribuidores remaram contra a maré e estréiam dois filmes que podem não condizer muito com a data.

A primeira estréia é o aguardado “Apenas o Fim” (Brasil 2008), aclamado no Festival do Rio de 2008 onde foi aplaudido por um Cine Odeon lotado e teve todas as demais sessões esgotadas. O filme narra a história de uma garota que resolve procurar o namorado para passar a relação deles a limpo antes de ir embora.

A segunda estréia é “Os Fantasmas de Minhas Ex-Namoradas” (EUA 2009), com Mathew McCognhey encabeçando o elenco desta comédia romântica que conta a história de um solteirão que recebe a visita dos fantasmas de suas ex-namoradas para lhe dar uma lição.

Lembrando que este ano ainda tiveram “Ele Não Está Tão Afim de Você” (já comentado aqui no Blog) e “Eu Odeio o Dia dos Namorados” (dos mesmos produtores de O Casamento Grego) em cartaz nas salas de cinema.

Então paramos para pensar, os casais são o forte para o cinema, e hoje na data deles, duas estréias com esses títulos pode afugentar os casais dos cinemas, pois quem vai querer encarar dois filmes com esses títulos? Um programa que deveria ser romântico pode terminar sem um final feliz, pois discutir a relação em pleno dia dos namorados não é muito legal.

Então o melhor e deixar passar a data e curtir os filmes. Ainda não assisti a nenhum deles e assim que assistir vou postar a crítica no blog.

E antes que eu me esqueça o Movies & Cultures deseja um Feliz Dia dos Namorados para todos os casais e espero ano que vem escrever sobre romances, comédias românticas e coisas que convém para a data. Mas isso serão outras histórias para serem contadas daqui a um ano e espero eu que elas tenham finais felizes.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Crítica - O Exterminador do Futuro - A Salvação


Para início de conversa este 4º capítulo desta já cultuada cine série tinha tudo para dar errado. Primeiro o diretor escolhido para dirigir o filme é o limitado McG - que tem em seu currículo pérolas como As Panteras - Detonando. Segundo problema são os roteiristas John D. Bracanto e Michael Ferris quase afundaram a franquia com o fraquíssimo "O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas" (EUA 2003). Como então a produtora Halycon poderia reverter o jogo? Dar nova vida a série para mais três filmes?

A resposta é nada mais nada menos que utilizar elementos já clássicos a série e adicionar muitas cenas de ação, alias neste ponto o filme é corretíssimo e as cenas de ação não atrapalham em nada o desenrolar da já complicada cronologia da série.

O filme começa no ano de 2003 no corredor da morte e somos apresentados a dois novos personagens por um lado está o condenado Marcus Wright (Sam Worthington) e por outro a Dra. Serena Kogan (Helena Bohan Carter) que se apresenta a Marcus como sendo da Cyberdine System, a empresa que está prestes a criar o super computador Skynet.

A seguir somos transportados para o ano de 2018, os eventos narrados do segundo filme somente atrasaram o dia do juízo final, porém somos apresentados a um futuro caótico onde os homens estão em guerra com as máquinas e a Skynet tem os seus alvos neste futuro, entre estes estão o próprio John Connor (Christian Bale) e Kyle Reese (Anton Yelchin), que no primeiro filme é enviado do futuro para defender a ainda jovem Sarah Connor no ano de 1984 de um exterminador modelo T-800. E é exatamente neste futuro caótico que Marcus irá despertar.

A paleta de cor do filme é crua e o que dá o tom apocalíptico ao filme e com o passar da projeção a paleta vai se abrindo, principalmente nas cenas dentro de um dos quarteis generais da Skynet. O filme também tem uma edição de som eficiente o que pode render algum prémio da academia.

Com isso tudo "O Exterminador do Futuro - A Salvação" é uma grata surpresa, pois o filme não peca em nenhum momento, acrescenta elementos interessantes a cronologia e deixa as portas abertas para os dois últimos capítulos da saga.

Como diz a frase utilizada como tag line para a promoção do filme O FIM COMEÇA. Agora nos resta torcer para ser um fim a altura para a já cultuada série.

domingo, 7 de junho de 2009

Crítica - Divã


Semana de férias então aproveitei para assistir aos filmes que estavam na fila. Nesta época de férias em que os blockbusters de verão americano chegam literalmente arrasando os quarteirões, e várias salas são ocupadas por eles resolvi ver algo diferente e me arrisquei a assistir "Divã" (Brasil 2009), já tinha ouvido boas referências a respeito do filme então não podia ser uma furada.

O filme é baseado na peça de mesmo nome e conta ainda com a mesma atriz que interpretou a personagem principal na montagem para o teatro. Lilia Cabral dá um show a parte interpretando Marta, uma mulher que acha ter a vida perfeita, mas que começa a se questionar o quão a sua vida é perfeita.

Daí inteligentemente o filme se desenrola todo no Divã do analista que Marta procura para repassar a sua vida a limpo. Um grande acerto do filme é o analista ao longo de toda a projeção não dizer sequer uma palavra e o seu rosto também não aparece, ou seja, só vemos o seu vulto é como se Marta estivesse se confessando para si mesma e se autodescobrindo.

A partir desse ponto o filme volta em flashback para contar como foi o casamento de Marta com Gustavo (José Mayer), a chegada dos filhos, os problemas cotidianos do casal, a melhor amiga, etc e tal. Só que todos os assuntos tratados no longa tem um tempero cômico por trás e isso vai aos poucos cativando o público a querer descobrir mais sobre a personagem e o seu cotidiano.

Reynaldo Gianichini e Cauã Reymond completam o elenco principal do longa, tendo as participações certas no momento certo e não comprometem a narrativa.

Destaque também para a cena da boate onde Marta e Mônica (Alexandra Ritcher) vão para se "divertir" e descobrem de forma engraçada que já passaram um pouco da idade para frequentar tais lugares.

Um filme que com certeza vai entrar para a lista dos melhores do cinema nacional nesta nova fase. Pois podemos ver que a cada dia estão dando uma atenção maior ao nosso cinema.




quarta-feira, 3 de junho de 2009

Crítica - Uma Noite no Museu 2


Mais do mesmo só que com um certo upgrade. Está é a melhor definição que se pode dar para "Uma Noite no Museu 2" (Night at the Museum - Battle for the Smithsonian, EUA 2009), tudo no filme é mais ousado e grandioso. A começar que a ação se desloca de Nova York para Washignton e a ação se passa em uma única noite.

Outro acerto do filme é utilizar os personagens do filme anterior como coadjuvantes de luxo, abrindo assim espaço para as novas personalidades que aparecem nesta sequência.

Na história o ex-vigia Larry (Ben Stiler) se tornou um bem sucedido homem de negócios e agora controla uma empresa que vende as suas invenções, porém Larry sempre volta ao Museu de História Natural de Nova York para visitar os seus amigos. É em uma dessas visitas que ele descobre que as antigas esculturas estão sendo removidas do museu para os arquivos do Smithsonian em Washignton, e uma vez lá as figuras nunca mais ganharão vida, pois a placa egipcícia que lhes concede a vida durante a noite ficará em Nova York. Mas Dexter (aquele macaco que enferniza a vida de Larry no primeiro filme) rouba a placa e a leva consigo para o Smithsonian.

Desta vez o personagem de Ben Stiller divide a tela com Amy Adams, que vive Amelia Earhart a primeira mulher a cruzar o Atlântico pilotando um avião. O filme é praticamente dos dois pois toda a ação se desenrola em cima de seus personagens. Entre os novos personagens estão Napoleão Bonaparte, Al Capone (personagem completamente mal explorado) e Ivã o terrível. Pelo lado dos mocinhos entra a figura do General Custer, Einstein e a estátua de Abrahan Lincoln.

Existem personagens que podiam ter sido melhores explorados, como por exemplo os cupidos da fonte que sempre ao avistar Larry com Amelia entoam canções românticas para ambos. Destaque também para a sequência na galeria de arte onde pinturas e fotografias famosas ganham vida devido a placa.

Ao final da projeção o filme cumpre o prometido que é o de ser mais um dos blockbusters do verão americano.

Ainda é cedo para dizer se veremos daqui a alguns anos nos cinemas "Uma Noite no Museu 3", mas se isso ocorrer o roteiro terá que ser muito bem elaborado, pois um terceiro filme se mal executado irá colocar a franquia no museu literalmente.