sábado, 22 de setembro de 2012

Crítica: Resident Evil 5 - Retribuição

Iniciada em 2002 com o filme "Resident Evil - O Hóspede Maldito" (Resident Evil, EUA 2002), a cinesérie baseada em um videogame da Capcom, onde era narrada a história de um vírus criada pela Umbrella Corporation, que contaminava uma cidade e transformava os humanos em zumbis e cabia aos heróis sobreviver, fugir da cidade e ainda descobrir a conspiração por trás de tudo, enredo que rendeu outros jogos para a série. Porém não se esperava que a cinesérie baseada no game fosse tão longe e com o lançamento de "Resident Evi 5 - Retribuição" (Resident Evil: Retribution, EUA 2012), dez anos após o lançamento do filme original nos cinemas era de se esperar que não houvesse mais nenhuma história a ser contada.

Porém o quinto capítulo da série não só é a melhor sequência já feita desde o lançamento do filme original, além de preparar o público para o derradeiro desfecho da série que ao que tudo indica será em um possível sexto capítulo da série. A trama deste novo capítulo começa exatamente onde o quarto filme parou com Alice (Milla Jovovich)  fugindo do navio Arcadia com os prisioneiros e sendo surpreendida por um ataque da Umbrella Corporation comandado por Jill Valentine (Sienna Guillory). Logo após Alice acorda em uma instalação da Umbrella e se quiser continuar a sua luta contra a corporação deve fugir desta instalação com a ajuda Ada Wong e um grupo de resgate que tem interesse em utilizar Alice como arma para vencer a última batalha entre humanos e zumbis.

Mais uma vez as cenas de lutas são extremamente bem coreografadas, assim como as cenas de ação que agora estão mais elaboradas e se assemelham muito a ação dos jogos de videogame, como as sequencias nas ruas de Tokio, no Times Square em Nova York ou na Praça Vermelha na Russia, pois na verdade Alice se encontra em uma instalação da Umbrella onde são simulados testes das armas biológicas e seus possíveis efeitos nesses ambientes reais.

Por se tratar de um filme do meio de uma possível trilogia final, não existe nem início, nem um final, somente uma cena que prepara o público para o final da série nas telas.

Outro acerto do diretor Paul W. S. Anderson é que após os erros cometidos no filme original e no quarto episódio da série quando este retornou a série, ele acerta a mão na direção e dá a trama o ritmo certo entre o roteiro com algumas reviravoltas e as cenas de ação e luta. Além de ter utilizado de uma forma que contribua com a história o 3D. Além de toda a estrutura da trama colabora para trazer de volta a série personagens que já haviam morrido no filme original, caso de Rain (Michelle Rodriguez) e da Rainha Vermelha (o computador que controla as instalações da Umbrella e quer eliminar Alice).

Ao final da projeção com todo o cenário preparado para o sexto filme da série, fica aquele sentimento de que após quatro filmes, foi realizado um que honra a série de videogames e agrada aos fãs do jogo. Espera-se então que o sexto filme seja tão bom quanto este quinto capítulo da série e que encerre com chave de ouro a série no cinema, ai sim será definitivamente game over para a série no cinema.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Crítica - O Vingador do Futuro

Em 1990 o diretor Paul Verhoeven lançava nos cinemas o filme "O Vingador do Futuro" (Total Recall, EUA 1990), que trazia ainda Arnold Schwarzenegger como o protagonista em uma história baseada em um conto de Phillip K. Dick, onde um operário após visitar uma empresa chamada Recall lembrava de flashes do seu passado como um agente. Vinte e dois anos depois o diretor Len Wiseman resolveu fazer um remake do filme e atualizar, digamos assim, o já consagrado filme de Verhoeven.

Antes de mais nada um aviso o novo "O Vingador do Futuro" (Totall Recall, EUA 2012), desconsidera por completo os mutantes do longa de 1990, assim como o planeta Marte que não passa de uma mera citação logo no início do filme e mais nada. Wiseman só conservou o mote central da trama em que Douglas Quaid (Colin Farrell) um operário após tomar conhecimento de uma empresa chamada Recall resolve ir até lá após ter sonhos em que ele se vê como um espião e que tem a chave para terminar com um regime opressor que dominou a Terra após uma guerra química de grandes proporções onde só restaram dois "continentes" que ainda se pode viver, que são eles a Côlonia e a Federação, e para passar de um para o outro é necessário embarcar em uma espécie de metrô futurista conhecido como a Queda, que passa pelo centro da Terra e leva os habitantes de um lado para o outro.

A trama do filme se baseia na falta de espaço nos dois continentes que sobraram, logo, o governo da Federação arma um golpe de estado para tomar posse da Colônia, subjulgar os seus habitantes e tomar posse de mais espaço. Para isso começa uma campanha que irá culminar em um guerra que irá matar milhares de pessoas da Colônia. Só que essa trama já vinha sendo investigada por um agente, que teve a sua memória apagada, ou seja, Quaid não é a pessoa que acredita ser na realidade e tudo ao seu redor é uma "verdade" inventada pelos governantes da federação. Porém é só isso que o filme original tem de parecido com o reboot.

O diretor Len Wiseman imprime um ritmo muito mais rápido a sua versão, logo existe ao longo de todo o filme cenas de perseguição sejam elas se utilizando de carros voadores ou com os protagonistas saltando entre elevadores furistas nas metropoles futuristas do filme. Entre uma perseguição e outra o diretor aproveita para explicar as motivações da trama que vão se revelando aos poucos para o público, mas até nesse aspecto o diretor erra a mão, pois as revelações já são conhecidas de quem conhece o filme original com ligeiras modificações.

Os efeitos especiais são o grande atrativo do filme, já que o roteiro peca em alguns momentos, porém não se faz uma ficção científica sem uma boa trama para se sustentar, e nesse aspecto o filme original de 1990 tinha de sobra e se valia dos efeitos especiais de última geração para a época em que foi lançado.

O elenco principal formado por Collin Farrell, Kate Benckinsale e Jessica Biel, até tentam convencer com as suas atuações, talvez a que se destaque mais é Kate Beckinsale que vive a personagem Lori, que no original era a personagem de Sharon Stone. Já Farrell não tem o mesmo carísma de Schwarzenegger. Já Jessica Biel não acrescenta nada a sua personagem Melina.

Devido a todos esses pontos o novo "O Vingador do Futuro" é somente uma diversão passageira, cheio de cenas de ações grandiosas do início ao fim e que perde feio para o filme original de 1990, que irá permanecer um clássico da ficção científica. Por isso não espere que este novo longa substitua o anterior, pois esta muito longe disso. É verdade que o visual da nova versão é impecável diante do anterior, mas faltou exatamente a essência do anterior e um roteiro a altura para fazer desse reboot um clássico como o anterior. Por isso é melhor ficar no passado e rever várias vezes o original e deixar o filme atual somente com o visual do futuro que ele propõem.

domingo, 5 de agosto de 2012

Crítica - Valente

O estúdio de animação Pixar sempre foi sinônimo de qualidade tanto nos seus roteiros, quanto na qualidade gráfica de seus filmes, foi assim com a trilogia Toy Story, o criativo "Ratatouille" (EUA 2007), o emotivo "UP - Altas Aventuras" (UP, EUA 2009) e com os divertidos "Monstros S.A" (Monster INC, EUA 2003) e Procurando Nemo (Finding Nemo, EUA 2004) ou o poético "Wall E" (Wall E, EUA 2008). Sendo que todos esses filmes eram somente distribuídos pela Disney, ou seja, todo processo criativo cabia a própria Pixar.

Porém parece que esta história mudou um pouco com o lançamento de "Valente" (Brave, EUA 2012). A Pixar cedeu por assim dizer aos caprichos da Disney e coloca muito elementos neste seu novo filme que dão a entender que sairam direto de lá. Para começar temos a primeira protagonista mulher, além é claro dela ser uma princesa. Segundo ponto é que existe no filme uma bruxa e um feitiço que coloca a princesa em uma situação que terá que resolver e terceiro temos ainda as canções que estão ali para complementar o que se passa na tela. A conclusão que chegamos é que após muito tempo a Pixar se rendeu a Disney e fez um conto de fadas com a qualidade gráfica de seus filmes anteriores.

A roteiro não tem muitas surpresas e se tratando de Disney está tudo lá e sem muitas novidades. Logo no início do filme somos apresentados a Merida ainda criança e aos seus pais a Rainha Elianor e o Rei Fergus. Após a abertura já vemos Merida já crescida e que demonstra ter uma personalidade forte e quer ter o controle do seu próprio destino, mas a sua mãe a está educando para ser uma princesa a moda antiga e as coisas irão se complicar quando Merida ir contra aos costumes e disputar a sua própria mão em um tornei de arco e flecha e ganhar dos seus pretendentes. Após o ocorrido e depois de discutir com a sua mãe Merida foge para a floresta, encontra uma bruxa (peraí isso já foi feito antes nos filmes da Disney), arruma um feitiço que irá se abater em sua mãe que é transfigurada em um urso (isso mesmo... e não estamos assistindo a um Irmão Urso 2 nas telas do cinema) e lógico deverá descobrir o que realmente é ser valente para desfazer o que foi feito.

Graficamente "Valente" é lindo de se ver em 3D pois os efeitos funcionam a favor do filme, o grande problema do filme é o seu fraco roteiro e a impressão de não estarmos vendo um filme da Pixar e sim da Disney. Até as tocantes cenas da Pixar que faziam realmente o público choras foi substituída por uma cena bem piegas ao final do filme que não arrancam lágrimas, por já terem sido vistas a exaustão nos filmes da Disney e no mesmo formato. Esqueça a fantástica sequência inicial criada para o emotivo "UP - Altas Aventuras" onde sem diálogos e somente com música o público realmente chorava ou a sequência final de "Toy Story 3", que arrancava lágrimas fácil do público adulto que assistia ao filme. Isso não irá ocorrer em "Valente".

Pode-se dizer então que falta uma alma a nova produção da Pixar e isso fica evidente ao longo de toda a projeção do filme e chegamos a uma conclusão que a Pixar teve que ceder aos caprichos da Disney e entregar algo que o tivesse a cara da sua distribuídora.

Existem alguns elementos que salvam o filme de um desastre quase que total, a trilha sonora é um destaque que chama atenção ao longo de toda a projeção, as paisagens da antiga Escócia - onde a história se passa - foram resconstituídas com fidelidade e são o grande destaque do filme, que se visto em 3D ganham profundidade e são belíssimas paisagens, como o penhasco com a cascata onde Merida faz uma escalada para beber água em uma de suas andanças pelo bosque. Se não fosse pelos belíssimos cenários "Valente" seria um desastre completo.

Para o futuro podemos esperar então que a Pixar volte a sua forma e nos entregue melhores produções, com os seus roteiros originais, com os seus personagens cativantes que mesmo sem falarem e só com expressões conseguiam contar a história que se desenrolava. Pode-se dizer então que "Valente" é a mais fraca das produções da Pixar e ao final do filme o público terá a impressão que faltou algo ou muita coisa para ser um produto dos estúdios que nos deram tantos filmes com temas tão inusitados que eram saborosas surpresas para o público tanto infantil como adulto. Agora nos resta esperar pelo próximo filme da Pixar e torcer para que "Universidade Monstro" (Monster University, EUA 2013) não estrague o criativo "Monstros S.A", bem vamos esperar para que a Disney tenha ficado bem ocupada com "Valente" e não tenha dado pitacos nesse.

Ahh sim antes do filme o poético curta "La Luna" esse sim um autêntico curta da Pixar mostra que o estúdio tem muitas histórias para contar a sua maneira, sem ter que ceder aos caprichos de sua sócia e distribuídora.

Crítica - Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Quando a Warner Bros sinalizou que iria fazer um novo filme do Batman, após os fracos filmes do herói do final da década de 90, que pareciam ter enterrado a franquia de vez, foi quando então saiu mais uma notícia de que o filme não seria uma continuação dos demais e sim um recomeço para o Cavaleiro das Trevas no cinema. Para executar essa missão foi convocado o diretor Christopher Nolan, que surpreendeu a todos já no primeiro filme de 2005 e "Batman Begins", recontou a origem do herói e levou as telas uma história a altura do personagem e o final do filme já anunciava que um segundo já estava a caminho e todos já se perguntavam será que seria melhor que o original? A resposta Nolan nos deu três anos depois em 2008 e "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (The Dark Knight, EUA 2008) era melhor que o seu antecessor e para muitos fãs do herói, o melhor filme do personagem já feito. Seria possível então superar o filme e fazer um desfecho a altura da série, mesmo após a morte do ator Heath Ledge, que interpretou com maestria o Coringa, o arquiinimigo de Batman?

Em 2012 finalmente teriamos a resposta a todas as questões que na época do segundo filme foram colocadas no ar de como encerrar a história? Como fazer algo melhor do que já fora feito até ali? E mais uma vez Christopher Nolan e seu irmão Jonathan Nolan, escreveram um roteiro que seria sem sombra de dúvidas a história definitiva sobre o herói, fechariam com chave de ouro a sua trilogia e ainda deixam um legado para quem quiser continuar a contar as histórias do Cavaleiro das Trevas na tela grande.

O último filme da trilogia começa 8 anos após os acontecimentos narrados em "O Cavaleiro das Trevas", Batman agora é um fugitivo da lei e é acusado de ser o assassino de Harvey Dent, que após a sua morte foi elevado ao status de herói e devido a isso foi possível a criação da Lei Dent, que tirou das ruas os criminosos de Gothan. Diante desses acontecimentos o Batman não é mais necessário e Bruce Wayne vive recluso em sua mansão e se afastou da vida pública e das Empresas Wayne, que agora são comandadas por Lucius Fox. Porém uma nova ameaça aparece em Gothan City e o terrorista Bane (Tom Hardy) surge para ser o antagonista de Batman no final da trilogia.

Nolan acerta na escolha do vilão e ainda coloca no filme a Mulher Gato (Anne Hathaway em uma interpretação perfeita da vilã), que entra na trama para jogar dos dois lados, hora em favor do Homem Morcego e hora em favor do vilão, ou seja, a personalidade da ladra Selina Kyle (a verdadeira identidade da Mulher Gato) foi explorada com perfeição pelo roteiro escrito por Nolan e seu irmão. 

Se nos demais filmes da trilogia as tramas eram fechadas até certo ponto e algumas outras ficavam abertas, neste último capítulo todas as tramas e subtramas serão devidamente fechadas e isso se mostra como um dos grandes trunfos do roteiro, que trará ainda antigos personagens a cena. Porém não esperem alguma menção ao Coringa, pois em respeito a morte do seu interprete, Nolan não o cita no filme, porém em uma cena já quase no final da projeção é percebido que aquela sequência foi imaginada para o personagem pelo diretor.

As cenas de ação continuam a impressionar, sejam nas persiguições pelas ruas de Gothan ou nas cenas de luta entre Batman e Bane, que são muito bem coreografadas, além de serem violentas como exige um filme do herói. O primeiro confronto entre os dois é violento como nas HQs onde a cena em que Batman tem a sua coluna quebrada pelo vilão é reconstituída com todos os detalhes. Ainda entra em cena neste filme um novo veículo, nada mais nada menos que uma nave com o sugestivo nome de Morcego (e que não tem nada haver com a Bat Wing mostrada nos filmes de Tim Burton). Em meio a isso tudo Nolan ainda encontra brechas para algumas reviravoltas no roteiro, que garantem boas surpresas e revelações na medida em que a trama avança.

A trilha sonora continua pontuando as cenas de ação do filme, sendo praticamente a mesma que foi utilizada nos filmes anteriores da série e com algumas composições novas para outros momentos do filme.

Se os fãs achavam que seria impossível criar algo novo em relação ao personagem e encerrar a trilogia da forma que o personagem merecia "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" cumpre com perfeição a sua função e ainda deixa como já havia sido dito um legado. Ainda é cedo para dizer se veremos outros filmes do personagem seguindo os eventos narrados nesses filmes, porém se forem feitos que sigam esse legado, pois definitivamente o personagem se consolidou no cinema e deixou para trás todos fracos filmes anteriores e como dito em uma das frases de Alfred (Michael Caine) foi preciso o personagem cair para se reerguer e ocupar de vez o lugar que sempre mereceu na tela grande.

A Gothan imaginada por Nolan ainda tem muitas histórias para contar, mas temos que torcer para que sejam como essa trilogia, sombria, com roteiros inteligentes e com personagens e vilões a altura do Homem Morcego. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Crítica - O Espetacular Homem Aranha

Quando o primeiro filme do Homem Aranha foi anunciado a muito se falava de um filme do herói para as telas do cinema, pois na década de 80 já existia um seriado que mostrava as suas aventuras. Em 2002 pelas mãos do diretor Sam Raimi finalmente chegava as telas "Homem Aranha" (Spider Man, EUA 2002), que como todo o primeiro filme de um herói contava a sua origem, para depois partir para a ação e Raimi seguiu essa cartilha muito bem, assim como o ator Tobey Maguire que vivia Peter Packer (o alter ego do herói). O sucesso foi imediato e um segundo filme era certo de acontecer, e em 2004 chegava as telas "Homem Aranha 2" (Spider Man 2, EUA 2004), agora com a origem já estabelecida o diretor Sam Raimi podia explorar outras faces do herói como as responsabilidades que os super poderes traziam e o segundo filme se mostrava ainda melhor que o primeiro. Faltava agora então fechar o ciclo e "Homem Aranha 3" (Spider Man 3, EUA 2007) acabou ficando só na promessa, pois com muitos vilões na tela ficava difícil para desenvolver da forma correta as tramas paralelas e poder fechá-las também.

Após um tempo Raimi declarou que havia terminado o seu trabalho com o herói, mas Hollywood queria mais e logo trataram de arrumar uma maneira de trazer o universo do herói de volta as telas. Para tanto trouxe o diretor Marc Webb (do ótimo 500 Dias com Ela) e os roteiristas James Vanderbilt, Steve Kloves e Alvin Sarget para escrever o reboot (a moda pegou mesmo em Hollywwod), para começar tudo novamente nas telas e escalou Andrew Garfield para viver Peter Parcker, neste que foi batizado de "O Espetacular Homem Aranha" (The Amazing Spider Man, EUA 2012), cinco anos após o terceiro filme que fechou a trilogia anterior.

A história volta então a infância de Peter Parcker quando somos apresentados aos pais dele e descobrimos que o seu pai trabalha para a Oscorp e esta empenhado em uma pesquisa de regeneração de orgãos humanos, em conjunto com o Dr. Curt Connors (Rhys Ifans).

O tempo passa e Peter já está no colégio quando acidentalmente descobre no porão da casa dos tios uma maleta com documentos que perteceram ao seu pai e os mesmos levam Peter a sede da Oscorp onde este será picado pela aranha que irá transformá-lo no herói. Até esse ponto nenhuma novidade, mas é ai que as novidades irão começar a prejudicar a narrativa e todo o universo do herói.

Primeiro diferença é que as teias usadas por Peter não são mais orgânicas e sim são construídas por ele. Segundo o Dr. Curt Connors, que irá se transformar no Lagarto trabalha para a Oscorp e não é mais o professor de Peter (como mostrado nos dois últimos filmes do herói) e o talvez o ponto mais grave de todos no roteiro é que o Peter Parcker de Andrew Garfield não é tão desastrado e franzinho como o vivido por Tobey Maguire na trilogia anterior.

Logo o grande pecado deste filme seja exatamente o roteiro que tenta inventar uma "nova" origem para o herói só que utilizando alguns elementos já existente da trilogia anterior. Então na falta de um roteiro que sustentasse o filme, foram necessárias muitas cenas de ação para tentar consertar de alguma forma o roteiro e mesmo assim não foi possível salvar o filme, nem mesmo os efeitos 3D, que por sinal, foi bem utilizado pelo diretor Marc Webb, chegam a salvá-lo.

No final o que se salva no filme são os efeitos especiais (que hoje em dia nem chegam a ser um atrativo), que foram muito bens executados e trabalham a favor das cenas de ação, que aqui vale o destaque para a cena em que o herói passa de guindaste em guindaste na tentativa de chegar a torre da Oscorp e neste ponto o 3D agrada e da a impressão que o público esta realmente sobre os prédios de Nova York.

Então "O Espetacular Homem Aranha" acaba por decepcionar não só os fãs do filme, como aqueles que nunca leram uma história do herói antes. Lógico que a já famosa cena pós-crédito dos filmes da Marvel deixam claro que um segundo filme esta por vir e ao que tudo indica este irá sair já em 2014. Só nos resta torcer para que este seja melhor que o primeiro, o que não será muito difícil e além disso que o filme seja realmente espetacular como o título promete.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Crítica - A Era do Gelo 4

A exatos 10 anos entrava em cartaz o primeiro filme da franquia e "A Era do Gelo" (Ice Age, EUA 2002) não só se tornaria um sucesso de bilheteria, mas também serviria para alavancar a carreira internacional do diretor e animador brasileiro Carlos Saldanha, que assumiria a franquia como diretor nos dois filme seguintes: "A Era do Gelo 2" (Ice Age: The Meltdown, EUA 2006) e a "A Era do Gelo 3" (Ice Age: Dawn of the Dinossaurs, EUA 2009). Após três filmes parecia que não havia mais história nenhuma para ser contada e a franquia poderia sem problema algum parar no terceiro filme.

Porém os números da série indicavam que um quarto filme seria sucesso na certa, mas é verdade que vários filmes que chegam ao quarto capítulo, com raras excessões, já chegam desgastados e quase sem mais história nenhuma a ser contada resta então repetir velhas piadas e tentar garantir o sucesso no nome já criado pela franquia. Mas para a surpresa de todos "A Era do Gelo 4" (Ice Age: Continental Drift) adiciona novos elementos a série, retira alguns e joga a série para uma nova direção com mais ação e não deixando de ser engraçada e mostra ter ainda fôlego para continuar nas telas.

Neste capítulo da série o esquilo Scrat continua na sua saga para tentar enterrar a sua noz e será a partir desta tentativa que ele será o responsável pela divisão da Terra em continentes e a cena inicial já rende boas risadas ao público. Enquanto isso o bando formado por Manny, Diego e companhia seguem a sua vida no vale tranquilamente até a aparição dos pais de Sid, que deixam a avó aos cuidados dele e voltam a abandoná-lo. E esta nova personagem é uma das melhores adições já feitas na série.

Além disso Manny tem que lidar com a sua filha adolescente que esta na idade de querer sair de perto do bando para conhecer rapazes da sua idade, mas devido a seu ciume e superproteção este acaba por não se entender quase sempre com a filha e envorgonha-la na frente de outros mamutes jovens.

Em meio a isso tudo e devido aos continentes estarem se reacentando o bando será separado e Manny, Diego, Sid e a Avó de Sid serão lançados ao mar e em meio a várias situações acabam por esbarrar com um bando de piratas, outra nova adição na série que garante bons momentos e boas tiradas também. Somente a adição de Luís (o roedor amigo de Amora) não acrescenta muito a história no desenrolar da trama, somente será bem utilizado no clímax do filme. Já os gambas Eddie e Crash apesar das poucas aparições no filme ainda continuam com cenas ótimas.

Com essa história e sem fugir do foco central da série que é a família "A Era do Gelo 4" se mostra como uma das melhores continuações desde o filme original. Outro ponto alto do filme é o 3D que realmente funciona, então se tem vários objetos saindo da tela em direção a platéia e a profundidade ainda melhor que no terceiro filme da série onde o 3D foi utilizado pela primeira vez.

Outro ponto que chama atenção no filme é a ação que os diretores Steve Martino e Mike Thurmeier imprimiram a série, pois não faltam cenas em que o 3D irá funcionar como ferramenta para essas cenas, e diga-se de passagem essas nunca estiveram presente nos demais filmes da série (salvo a cena dos pterodáctilos do terceiro filme). Logo a ação entra nos momentos certos e contribui para a narrativa.

E em meio a isso tudo ainda existe as intromições do esquilo Scrat que estão como sempre divertidíssimas, destaque para a cena das sereias e a cena final, que é infinitamente mais engraçada do que a cena final do personagem no céu no segundo capítulo da série.

A "Era do Gelo 4" é uma surpresa e tanto, pois quando todos acharam que este seria um filme caça níquel em 3D o mesmo se mostra engraçado, lança a série em uma nova direção, adiciona novos e engraçados elementos e deixa claro que podemos esperar por mais filmes da série daqui a alguns anos, lógico que desde que seja com um roteiro a altura que a série merece.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Crítica - Homens de Preto 3

Quando o primeiro filme foi lançado em 1997 trazia uma história que misturava comédia, ficção e aventura e isso tudo embalado com muitos efeitos especiais e a trilha sonora de Danny Elfman. O sucesso foi imediato e tudo indicava que uma continuação era mais do que certa, porém a mesma só viria a ocorrer cinco anos após o filme original e "Homens de Preto II" (M.I.B II, EUA 2002), chegava as telas com um roteiro mais fraco que o original e ainda prejudicado devido aos atentados com as Torres Gêmeas que fez com que o final do filme tivesse que ser todo refilmado, pois a cena final se passava naquela locação.

Tudo indicava que após o segundo filme não haveria mais nenhum filme para dar continuidade a série, porém 10 anos após o segundo filme e sem tomar partido da existência deste, "Homens de Preto 3" (M.I.B III, EUA 2012), chega as telas dos cinemas com uma história a altura do primeiro filme da série. Tudo começa quando um alienígena que foi preso pelo Agente K (Tommy Lee Jones) e enviado para uma prisão de alta segurança na Lua consegue fugir e jura se vingar pelos 40 anos que passou preso. Para isso ele viaja no tempo e mata o Agente K no ano de 1969 alterando a linha do tempo e fazendo com que a Terra sofra uma invasão alienígena no presente. Para impedir que isso ocorra o Agente J (Will Smith) deve voltar no tempo e se juntar ao jovem Agente K (Josh Brolim) e impedir que este seja morto por Boris, o Animal (Jemaine Clement).

O roteiro acerta em cheio ao voltar no tempo e colocar um ator mais novo para viver o Agente K no passado e revelar alguns segredos que ficaram escondidos até agora dos espectadores. Outro acerto do roteiro é utilizar a década de 60 como cenário para a maior parte da ação do filme e se utilizar do movimento Hippie como a base para as piadas sobre alienígenas, então entram em cena Andy Warholl e a sua The Factory, entre outras personalidades da época.

Porém as idas e vindas no tempo podem deixar alguns espectadores confusos, logo para isso foi criado um personagem, que apesar da pouca participação no filme, aparece nas horas certas para deixar tudo explicado e ninguém se perder na história, e o alienígena Griffin (Michael Stuhlbarg) é um dos melhores personagens já criados para a série até o momento, perdendo somente o posto para o cachorro alienígena dos dois primeiro filmes da série, que alias não aparece neste terceiro, porém é homenagedo em uma das cenas do filme.

Os efeitos especiais foram aprimorados nestes 15 anos que separam o primeiro filme deste, logo colaboram para dar mais dinâmica a trama e permitir sequências como as dos saltos no tempo e a da perseguição com as motos de uma roda.

E seria mesmo necessária uma versão 3D do filme? Na verdade o 3D é somente um aperitivo a mais que não compromente em nada a qualidade do filme. Lógico que algumas sequências ganham mais vida com os efeitos 3D como as dos saltos no tempo e a sequência final do filme, mas fora isso não comprometeria em nada em nada está sequência.

Ao final o público ficará satisfeito com o que viu e não precisará ter a sua memória apagada por um neuroralizador gigante em formato de Estátua da Liberdade, como feito ao final de Homens de Preto II, pois este filme trás de volta toda a originalidade do primeiro longa, acrescenta elementos a trama, não mostra piadas repitidas e sim cria novas situações, além de brincar com fatos históricos da recente história da humanidade e ainda tem tempo de criar cenas mais dramáticas.

Com tudo isso Homens de Preto III não é um filme caça-níquel para embarcar na onda do 3D e sim um filme que já deveria ter sido feito a algum tempo, porém a espera de 10 anos valeu a pena e se este for o último da série fecha com chave de ouro tudo que começou a 15 anos atrás.

sábado, 28 de abril de 2012

Crítica - Os Vingadores

Simplesmente fantástico o que foi feito pelo Marvel Studios e a Disney para levar as telas o filme da super equipe de heróis, e sem sombra de dúvidas é o filme que todo fã de quadrinhos sempre esteve sedento por ver nas telas, mas sempre ficava aquele sentimento que algo estava faltando. Porém a Marvel bateu o martelo e dá aos fãs de quadrinhos o que eles sempre quiseram ver e "Os Vingadores" (The Avengers, EUA 2012) não só agrada aos fãs mais aficcionados, como aqueles que estão conhecendo o universo dos heróis agora.

Não é de hoje que a Marvel vem planejando esse filme evento, na verdade tudo começou com "Homem de Ferro" (Iron Man, EUA 2008) e na primeira aparição de Nick Fury nas já clássicas cenas pós créditos que a Marvel anunciava aos fãs o que estava por vir, o plano seguiria em frente com "Homen de Ferro 2" (Iron Man 2, EUA 2010), "O Incrível Hulk" (The Incredible Hulk, EUA 2008), "Thor" (EUA 2011) e "Capitão América - O Primeiro Vingador" (Captain America - The First Avenger, EUA 2011). Após seis filmes de seus heróis solos o cenário já estava mais que montado e as tramas prontas para se cruzarem em um filme muito maior do que os seus antecessores e "Os Vingadores" é um filme FANTÁSTICO.

Como os personagens já estão mais que apresentados ao público a trama já parte para o que interessa, para quem assistiu todos os demais filmes citados acima deve se lembrar que Loki (Tom Hiddleston em uma performance ainda melhor do que em Thor) se apoderou de um cubo de energia que seria capaz de abrir portais dimensionais na cena pós-crédito deste filme. A mesma fonte de energia que foi mostrada ao público em Capitão América e que era utilizada pela Hydra para a produção de armas durante a segunda guerra mundial. Agora de posse dessa poderosa fonte de energia e achando que o seu irmão Thor não poderá vir a Terra para dete-lo uma vez que a Bifrost (a ponte que une Asgard aos demais mundos) foi destruída pelo próprio Deus do Trovão ao final de "Thor" para deté-lo e impedir que este comece uma guerra entre os mundos.

Logo é a partir dessa premissa que o diretor Joss Whedon egresso do seriado "Buffy - A Caça Vampiros" e com apenas um longa no currículo (o fraco Seremity) faz o que parecia ser impossível e consegue a partir de uma direção sem muita burocracia fazer um filme que vai marcar sem sombra de dúvidas o mundo dos heróis nas telas do cinema para sempre.

Com inúmeros efeitos especiais e um clímax nas ruas de Nova York de dar inveja a qualquer Michael Bay da vida (alias não seria nada mal ele conversar com Whedom e aprender de uma vez por todas como se faz um plano sequência de ação dando ênfase a seis heróis sem que se perca o foco narrativo da trama), mas é só o clímax que importa no filme? Lógico que não, depois de uma primeira parte com cenas de ação que irão somente colaborar para o todo e algumas explicações necessárias, é hora de partir para o que interessa e o que todos querem ver, os heróis em ação.

Os atores estão perfeitos em seus personagens, Robert Downey Jr. consegue o tom certo para o seu Tony Stark, Chris Evans se mostra mais a vontade com o seu Capitão América, Chris Hemsworth consegue mostrar o lado mais humano de Thor e até o novato da trupe Mark Ruffalo consegue roubar a cena com uma interpretação perfeita do atormentado cientista Bruce Banner que se trasforma no Hulk (alias é deste personagem sem dúvida a melhor cena do filme e que arranca aplausos da platéia). Além desses o grupo conta ainda com a Viúva Negra interpretada por Scarlett Johansson e Hawkeye vivido pelo ator Jeremy Renner que teve uma breve aparição em Thor.

A trilha sonora pontua a ação ao longo dos 142 minutos de filme, que diga-se de passagem passam como se fossem cinco minutos.

E o 3D realmente torna a experiência ainda melhor? Sim torna, e se for no formato IMax a experiência fica melhor ainda a imersão será total e você é realmente transportado para dentro da ação.

Com todas essas qualidades e sem nada para se voltar contra o filme "Os Vingadores" é um excelente filme de super heróis e pode-se dizer que recebe nota 10 sem sombra de dúvidas e com todo o mérito.

E depois da excelente sequência final pelas ruas de Nova York, a clássica cena pós-crédito aparece e revela o que está por vir nas próximas produções do Marvel Studios e se for por esse caminho tudo o que vimos até aqui é somente a ponta do Iceberg de um plano muito maior, por isso não saia do cinema antes da cena, pois é sem sombra de dúvidas a melhor cena pós-crédito de todos os filmes Marvel até hoje.

Logo "Os Vingadores" entra para o hall dos melhores filmes de 2012 até o momento e vale a pena até uma segunda ida ao cinema para assistir mais uma vez o filme.

Então que venham os próximos filmes da Marvel e que se um possível "Os Vingadores 2" já esteja nos planos do estúdio, e quem terá a ganhar com isso tudo serão os espectadores e fãs, que com toda a certeza podem esperar por muito mais que virá pela frente, logo Avante Vingadores!!! Avante Marvel Studios!!!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Crítica - Jogos Vorazes

Desde que a cine série "Harry Potter" terminou os estúdios de Hollywood, vem se esforçando para substituí-la, porém as tentativas anteriores não foram tão bem sucedidas assim. Mas esse quadro pode mudar com a estréia de "Jogos Vorazes" (The Hunger Games, EUA 2012), apesar da temática mais adulta o filme é um forte candidado a preencher a lacuna deixada pelo bruxinho.

O filme se passa em algum tempo no futuro, após uma guerra assolar os Estados Unidos o mesmo foi dividido em doze distritos e mais a Capital, que venceu a guerra e para restabelecer a ordem no país institui que a cada ano os doze distritos devem enviar um casal para participarem dos Jogos Vorazes, um reallity show onde os participantes devem matar os oponentes e ao final somente um pode se consagrar vencedor.

É neste cenário controlado por um Estado totalitarista e controlador, que vive no décimo segundo distrito Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) com a sua irmã menor Primrose Everdeen e sua mãe. Quando sua irmã é sorteada para ser uma das representantes do distrito nos Jogos Vorazes, Katniss se oferece como tributo para ir no lugar da irmã e ao seu lado é escolhido Peeta Mellark (Josh Hutcherson).

Ao ser transportada para a Capital para se preparar para os jogos Katniss percebe que existe uma outra realidade da qual ela não está acostumada e nunca havia visto antes, pois se por um lado os povos que vivem nos distritos são oprimidos e vivem a beira da marginalidade a realidade da Capital é outro, pois existe a fartura para os seus habitantes, além de terem como principal diversão assistirem os tais Jogos Vorazes e realizarem apostas nos seus competidores favoritos. São essas mesmas pessoas que podem ser os patrocinadores dos competidores e estes também podem auxiliar os seus patrocinados a permanecerem vivos nos jogos. Mas nem tudo é fácil na competição pois a Capital pode interferir nos jogos como bem entender até mudando as regras no meio da competição. Logo qualquer semelhança com 1984 de George Orwell não é mera semelhança.

A trama tem muitos traços políticos e jogos de bastidores, que a todo tempo podem mudar o curso da competição e esse traço do roteiro fica muito evidente a medida que o filme se desemrola.

Outro ponto que chama atenção são as cenas onde a violência é extrema, ou seja, tudo é capturado pela câmera do diretor Gary Ross, que tem em seu currículo o filme "Seabiscuit" (EUA 2003) que é o mais conhecido por aqui, mas já se prepara para rodar a continuação de Jogos Vorazes que por aqui deve ganhar o título "Em Chamas" (Catching Fire) e está previsto para estreiar em novembro de 2013 nos EUA.

Tirando o seu visual que chama atenção quando o filme se transporta para a Capital, o restante da fotografia é basicamente cinzenta e escura devido a muitas cenas noturnas na floresta onde a competição acontece.

Com isso tudo a seu favor o filme agrada o público, que agora fica esperando os dois capítulos seguintes da série que tudo indica que terão mais traços políticos e não será surpresa que o último livro como já é de costume seja separado em duas partes como já foi feito na série "Harry Potter" e com a Saga Crepúsculo. Os jogos irão continuar e se o mesmo nível do primeiro filme for mantido a série tem tudo para se destacar nas telas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oscar 2012

A Academia de Artes e Ciência de Hollywood entregou ontem (26/02/2012) os prêmios para os melhores do cinema no ano de 2011.

Lógico que como a Academia adora surpreender em algumas categorias e este ano ela não poderia deixar por menos, ela  foi contra todas as tendências em três categorias que foram: melhor fotografia, melhor edição e a melhor canção original (é verdade mais uma vez o Oscar escapou das nossas mãos).

No caso de melhor fotografia quem levou a melhor foi "A Invenção de Hugo Cabret", que desbancou o favorito "A Árvore da Vida", mas isso era apenas o começo e quando foi anunciado a melhor edição ao invés de "O Artista" levar a estatueta (prêmio que era mais que certo), quem acabou com o prêmio foi "Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" e para terminar a noite em grande estilo quando foi anunciado o prêmio de melhor canção original em que só haviam dois concorrentes Real in Rio (Rio) e Man or Muppet (Os Muppets) e quando era certo que o Oscar estaria finalmente em mãos brasileiras, a Academia dá o prêmio para a canção dos Muppets, sem sombra de dúvida a pior canção original de todos os tempos a ter esse título.

Então vamos a lista:

Melhor Filme

O Artista
Melhor Diretor
Michel Hazanavicius (O artista)

Melhor Ator
Jean Dujardin (O artista)

Melhor Atriz
Meryl Streep (A Dama de Ferro)

Melhor Ator Coadjuvante
Christopher Plummer (Beginners)
Melhor Atriz Coadjuvante
Octavia Spencer (Histórias cruzadas)

Melhor Roteiro Original
Meia-noite em Paris
Melhor Roteiro Adaptado
Os descendentes

Melhor Filme em Língua Estrangeira
Separação (Irã)

Melhor Animação
Rango

Melhor Edição
Millenium - Os Homens que não Amavam as Mulheres

Melhor Fotografia
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Figurino
O Artista

Melhor Trilha Sonora
O Artista - Ludovic Bource

Melhor Canção
Man or Muppet (Os Muppets)

Melhor Maquiagem
A Dama de Ferro

Melhor Direção de Arte
A invenção de Hugo Cabret

Melhor Efeitos Visuais
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Edição de Som
A invenção de Hugo Cabret
Melhor Mixagem de Som
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Documentário Longa-metragem
Undefetead

Melhor Documentário Curta-metragem
Saving Face

Melhor Curta-metragem de Animação
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Melhor Curta-metragem
The Shore

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Crítica - A Invenção de Hugo Cabret

Martin Scorsese é um dos poucos diretores ainda na ativa em Hollywood que mantem uma constante regularidade em sua carreira, sendo ainda responsável por filmes do porte de "Os Bons Companheiros" (Godfellas, EUA 1990), "Taxi Driver" (Taxi Driver, EUA 1976), além dos recentes "Os Infiltrados" (The Departed, EUA 2006) e "Ilha do Medo" (Shutter Island, EUA 2010). Todos ótimos exemplos de filmes que levam a marca registrada do diretor.

Como a nova onda de Hollywood é a tecnologia 3D, não são poucos os diretores do porte do Scorsese que agora se aventuram pelo formato e o diretor entra de cabeça neste mundo com "A Invenção de Hugo Cabret" (Hugo, EUA 2011).

No filme somos apresentados ao garoto Hugo Cabret (Asa Butterfield), um orfão que vive escondido pelas passagens que levam as torres dos relógios de uma grande estação de Paris nos anos 30. São nestes túneis que Hugo guarda uma descoberta do seu falecido pai, um autômato que o garoto acredita que quando este funcionar irá revelar um mensagem deixada pelo seu pai. Devido a isso Hugo constantemente rouba as peças de uma loja de brinquedo da estação para tentar com elas consertar o autômato.

E são dos relógios da estação que Hugo acompanha todo o dia-a-dia do lugar como acompanha-se um filme da cabine de projeção de um cinema, e ai esta a primeira homenagem de Scorsese a sétima arte. As demais irão aparecer ao longo do filme a medida que o garoto embarca em sua aventura ao lado da menina Isabelle (Chloë Grace Moretz, em mais uma ótima atuação) para decifrar a mensagem que será revelada pelo autômato.

Outro ponto forte do filme é o elenco coadjuvante que conta com atores como Christopher Lee, Emily Mortimer, Sacha Baron Cohen e Jude Law (em uma pequena participação como o pai de Hugo), mas isso não é necessário para garantir o bom desenvolvimento da trama do filme.

A direção de arte é impecável e não será surpresa alguma se levar a estatueta no Oscar 2012 e será um prêmio merecido, já ganhar os demais prêmios (o filme concorre a 10 estatuetas) será uma tarefa difícil diante do favoritismo de "O Artista" (já comentado aqui no blog e que foi completamente na contramão da tecnologia).

Porém o roteiro não acompanha a grandiosidade do filme de Scorsese, o mesmo se arrasta ao longo dos seus 126 minutos e as vezes chega a ficar bem lento. Salvam-se as homenagens ao início do cinema, principalmente aos filmes de Georges Méliès (Ben Kingsley).

Se visualmente o filme é perfeito, além do diretor ter feito bom uso da tecnologia 3D, porém fica o sentimento de que faltou o essencial ao filme, um roteiro mais convincente para fazer com que tudo funcionasse em perfeita harmonia como as engrenagens de um relógio, e ao terminar a projeção fica a sensação de ter faltado algo ao todo.

Com tudo isso Martin Scorsese fez um filme regular e não mais que isso, como homenagem ao cinema é perfeito, mas como um todo faltou uma história a altura não somente do diretor, mas com que o filme pretendia ser e que por algum motivo deixou de fora a engrenagem principal para que o todo funcionasse, uma trama perfeita assim como o todo o resto.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Crítica - O Artista

Futuro do pretério, talvez esse seja o melhor termo para descrever esse excepcional filme realizado pelo diretor francês Michel Hazanavicius, devido a estarmos em pleno século XXI no ano de 2012, onde a maior parte dos filmes se valem de efeitos especiais de última geração para encantar o público e agora porque não colocar esse mundo mágico do cinema em 3 dimensões, para que o público possa viajar por toda essa magia tendo uma experiência de imersão no que se passa na tela. Esse é o cinema que temos hoje. Porém um filme ousou a ir completamente na contra mão disso tudo e Hazanavicius, volta a origem do cinema mudo, onde os grandes mestres do cinema como Charles Chaplim e entre outros atores da sua geração escreveram o nome na história para todo o sempre. 

"O Artista" (The Artist, França e Bélgica 2011) prova que é possível realizar um belíssimo filme com toda a sensibilidade do cinema mudo, com atuações perfeitas dos seus atores principais, um roteiro exemplar e uma trilha sonora impecável, fazem desse filme uma aula de cinema perfeita, pois tudo o que define a sétima arte esta na tela.

Ao longo dos seus 108 minutos o longa conta a história do ator George Valentin (Jean Dujardin), que é um astro do cinema mudo da sua época, porém novos tempos estão por vir e o cinema falado está virando uma realidade e os donos de estúdio visando o seu lucro estão migrando não só para esse novo formato, mas também necessitam de novos rostos para acompanhar os novos tempos é nesse momento que desponta a atriz em ascenção Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma ex-figurante que entra para o mundo do cinema meio que por acaso após um encontro com Valentin e aceita fazer os filmes falados. A partir dai o público irá acompanhar a ascenção de Peppy e a queda de Valentin devido ao seu orgulho de não querer aceitar os novos tempos.

Jean Dujardin soube como criar o seu George Valentin de forma perfeita, com uma atuação que é pura homenagem aos grandes atores do cinema mudo e ele segue a cartilha deixada por esses e coloca em seu personagens trejeitos e expressões faciais que mesmo sem dizer uma só palavra passa ao público toda a emoção que o seu personagem está sentindo no momento, mas isso não seria possível se o roteiro e a direção de Hazanavicius não trabalhassem a favor dos atores.

O outro destaque vai para a atriz Bérénice Bejo que vive Peppy Miller a atriz em ascenção meteórica, que não deixa de ser fiel ao seu "criador". A sua atuação serve de base para Dujardin em várias cenas do filme, assim como na cena em que ela ensaia passos de sapateato atrás de uma tela, como na excelente cena do paletó no cabide em que ela encena um beijo com o ator uma cena perfeita em todos os sentidos.

Por final o roteiro é sem dúvida o grande destaque que aliado a trilha sonora consegue passar ao público toda a emoção dos personagens e das cenas de maior impacto do filme.

A soma de todas essas qualidades dá ao público um filme que já foi concebido para ser um dos novos clássicos do cinema moderno, mesmo fazendo uma homenagem aos filmes que deram início ao mundo do cinema. Um filme sensível, tocante e perfeito de se ver na tela grande dos cinema, pois até o formato da filmagem foi mantido pelo diretor.

Não será surpresa se na noite do Oscar o filme arrematar muitas estatuetas e se sagrar o grande campeão da noite, pois um filme que nos conta a história da transição do cinema mudo para o cinema sonora sem dizer palavra alguma, já um grande merecedor de estar entre os clássicos do cinema de ontem, de hoje e de sempre e conquista isso tudo ficando em silêncio.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Crítica - Millenium: Os Homens que não Amavam as Mulheres

Era questão de tempo até Hollywood colocar nas telas grandes  a versão americana para a trilogia Milleniun, do escritor sueco Stieg Larsson. Para levar o projeto adiante foi convidado o diretor David Fincher dos sucessos "S7VEN", "Clube da Luta", "A Rede Social" e muitos outros, para colocar a sua visão nesta versão. Porém a desafio de Fincher era ainda maior, pois já existia uma versão sueca não só deste filme, mas dos outros dois livros que completam a trilogia.

Se valendo de um texto no qual já estava acostumado a lidar em seus filmes anteriores, Fincher leva as telas um filme que se aproxima em todos os sentidos do primeiro livro da trilogia, incluído até passagens que ficarão de fora da versão sueca do filme já comentado aqui no blog, mas para dar o seu toque ao filme o diretor resolveu fazer uma pequena alteração ao final da história, porém está alteração não afeta em nada o resultado desta versão americana de "Millenium: Os Homens que não Amavam as Mulheres" (The Girl with the Dragon Tattoo, EUA 2011).

A trama do filme acompanha o jornalista Mikael Blomkvist (Daniel Craig) que após perder nos tribunais uma disputa para Wernneström, um mega empresário, no qual o repórter o acusa de envolvimento com a máfia russa e tráfico de armas. Este ato ainda coloca em risco a revista na qual Mikael trabalha, a Millenium. Sem ter como provar que as acusações são verdadeiras, a única saída que Mikael vê é aceitar a proposta de Henrik Vanger (Christopher Plummer) para que o repórter tente elucidar um crime ocorrido a 40 anos atrás, o do desaparecimento de sua sobrinha preferida Harriet durante a reunião anual da família, em troca Henrik irá dar para Mikael as provas de que este precisa para incriminar Wernneström e limpar o seu nome e nesta tarefa ele terá ajuda de Lisbeth Salander (Rooney Mara, que esta concorrendo ao Oscar de melhor atriz) uma hacker extremamente inteligente que irá unir forças com o repórter.

Um dos acertos do diretor foi filmar a sua versão na própria Suécia, utilizando em algumas vezes as mesmas locações dos filmes suecos, além de estar pisando em um terreno do qual entende bem e que já fazem parte da sua filmografia. Logo devido a essa decisão o roteiro é desenvolvido de forma a colocar na tela tudo o que é essencial para o desenvolvimento da história e ainda acrescentar cenas que não são descritas no livro de forma a não alterar o desenvolvimento da trama.

O filme prova que mesmo já existindo uma versão anterior a este e um livro que se popularizou entre milhares de leitores e que uma grande parte já conhecem o final da história é só juntar um excelente diretor com um roteiro eficiente para ter um ótimo filme. Agora é esperar para que as duas outras partes da trilogia sejam levadas da mesma forma que está primeira parte e esperamos ainda que Fincher continue na frente dos demais filmes, porque a história está somente começando e quem sabe a última parte como já esta virando moda em Hollywood ser dividida em duas partes com tudo o que faltou nos filmes europeus. Se isso se concretizar teremos filmes ainda melhores que o primeiro e Fincher sabe muito bem como fazer.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Crítica - As Aventuras de Tintin

Não é de hoje que o diretor Steven Spielberg tenta levar as telas o personagem Tintin, criado pelo belga Hérge, porém o diretor esbarrou com um pequeno problema, o fato do mercado americano não acolher bem o personagem, logo o projeto permaneceu engavetado por duas décadas. Até que ao unir forças com Peter Jackson (diretor da trilogia O Senhor dos Anéis) o projeto voltou a tona e na forma de uma animação por captação de movimentos de atores de carne e osso, que também emprestam as suas vozes para os personagens e "As Aventuras de Tintin" (The Adventures of Tintin, EUA 2011) se tornou realidade.

A trama se baseia em duas revistas do personagem O Segredo do Licorne e O Tesouro de Rakhan o Terrível. Tudo começa quando Tintin compra em uma feira de antiguidades um barco conhecido como Licorne e logo um estranho aparece para tentar comprar o barco, porém Tintin não vende o barco e o leva para a sua casa não sabendo que o mesmo esconde um segredo. Ao chegar em casa Tintin desconfia que o barco deve ter algum segredo e começa a pesquisar sobre o mesmo. Isso leva o jovem reporter e o seu inseparável companheiro Milu, o seu cachorro de estimação, a biblioteca da cidade atrás de fatos que podem elucidar o mistério. Porém ao voltar para casa Tintin descobre que o seu apartamento foi arrombado e o barco roubado e isso será o estopim de toda história.

É a partir desse roteiro que Spielberg  faz um dos seus melhores filmes de aventuras das últimas décadas, pois tudo o que o diretor sempre soube fazer de melhor ele colocou em prática novamente, e cenas de ação grandiosas, perseguições e um roteiro que leva os personagens a várias partes do globo serão as armas do diretor para manter a atenção do público nos 104 minutos que duram a projeção.

Outro ponto que chama a atenção no filme é a técnica de captação de movimentos que foi utilizada por Peter Jackson para dar vida ao personagem Gollum da trilogia o Senhor dos Anéis, além disso o ator Andy Serkis foi chamado para viver o Capitão Haddock, que irá se tornar um dos companheiros de aventura de Tintin. E para fechar todo o pacote tudo foi filmado em 3D o que garante uma imersão ainda maior na trama.

As cenas de ação, que não são poucas, foram minuciosamente planejadas pelos roteiristas e depois filmadas por Spielberg de forma a tirar todo o proveito das mesmas e da atuação dos atores. Isso garantem cenas grandiosas como a fuga pelas ruas de Barkhan e do climax do filme no porto.

A trilha sonora do filme ganha um destaque ainda maior nas cenas de ação e constitui uma peça fundamental para a trama, criando todo o clima necessário para as cenas.

Outro ponto alto do filme é o 3D, Spielberg soube explorar muito bem a tecnologia e a utiliza de forma a tirar o melhor proveito nas cenas que exigem que imagens saiam da tela e por outro lado quando necessita dar profundidade as cenas. Tudo isso ainda fica melhor ainda se assistido no formato IMAX 3D, onde a imersão será realmente total. Por isso se for possível assistir ao filme neste formato irá valer muito a pena, além da diversão ser maior ainda.

Com várias qualidades o filme é diversão garantida para os fãs dos quadrinhos do personagem, como para aqueles que conhecem o personagem, mas nunca leram as suas revistas (e depois de ver o filme com certeza podem virar leitores das revistas) e para aqueles que nunca ouvirão falar do personagem. Um filme que coloca Spielberg de volta aos seus velhos tempos e do cinema que o consagrou como diretor.

O próprio final do filme já deixa claro que mais aventuras do reporter Tintin estão por vir nos próximos anos, só que desta vez haverá uma inversão dos papéis de diretor e produtor executivo, pois apesar do filme não ter ido bem nos Estados Unidos esta indo bem nas bilheterias no resto do mundo e isso já é mais do que motivo para mais um filme pelo menos, ou quem sabe o personagem não caia nas graças dos americanos e mais aventuras sejam produzidas, histórias e aventuras é o que não faltam.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Crítica - Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras

Quando o primeiro filme foi lançado no natal de 2009 nos EUA o diretor Guy Ritchie queria dar uma nova roupagem ao detetive inglês que através do seu poder dedutivo aguçado conseguia desvendar os mais intrigados mistérios. O objetivo de Ritchie era mostrar ao público um lado de Sherlock que somente quem lerá os livros de Connan Doyle conhecia, além de modernizar um pouco o personagem e todos os seus objetivos foram alcançados e lógico que uma continuação era mais que esperada.

Dois anos depois Sherlock Holmes (novamente vivido por Robert Downey Jr.) volta as telas do cinema ao lado do seu parceiro de aventuras Dr. Watson (Jude Law). Desta vez Sherlock se vê as voltas com um dos seus mais difíceis casos e enfrentando o seu arquinimigo Professor Moriarty (Jared Harris) que pretende promover a primeira guerra mundial fazendo com que as nações européias entrem em choque.

Se no primeiro filme Moriarty só era citado ao final do filme e só aparecia nas sombras, agora neste segundo episódio ele finalmente irá ser a peça central da trama. E não é só o vilão que é novo neste filme, novos personagens são apresentados ao público, como por exemplo o irmão mais velho do detetive, Mycroft Holmes (Sthephen Fry) e tão inteligente quanto Holmes. Outra personagem que foi criada especialmente para o filme que irá unir forças com Holmes e Watson é a cigana Madame Sinza (vivida pela atriz sueca Noomi Rapace).

Como era de se esperar o segundo filme teve uma produção muito maior do que o primeiro, se a trama do primeiro envolvia mais cenas de ação ao longo de todo o filme, este segundo apresenta um roteiro muito mais elaborado, além de levar Holmes e Watson para vários países europeus, logo o filme irá passar por Londres, Paris, Alemanha e Suiça a medida que o detetive vai elucidando a trama criada por Moriarty.

As cenas de ação são mais grandiosas e elaboradas do que no filme anterior, mas não são o centro do roteiro, desta vez o foco é o poder detutivo do detetivo, porém mais uma vez Ritchie utiliza a câmera lenta para apresentar ao público como o detetive irá se livrar de seus inimigos antevendo as suas ações. A cena de ação mais grandiosa do filme é sem dúvida a fuga pela floresta, filmada com câmeras especiais foi possível captar em câmera lenta e com um ângulo muito maior as explosões as balas de canhão destruindo árvores e tudo mais por onde passa, realmente é uma das melhores sequências do filme, ao lado da cena em que Holmes confronta Moriarty durante uma partida de xadrez no clímax do filme.

A trilha sonora permanece a mesma que já havia sido criada para o anterior e somente serve para se fixar ainda mais como a música tema do personagem. Algumas sequências de ação ainda se valem da trilha sonora para dar mais emoção a elas.

O filme pode não agradar ao público em geral como o primeiro filme, porém os fãs de Holmes que leram os livros irão gostar mais deste filme do que do seu antecessor, por ser um retrato mais fiel do detetive. E lógico muitos irão identificar várias passagens dos livros. Inclusive o confronto final entre Holmes e Moriarty.

Com todos esses acertos Guy Ritchie estabelece de vez a franquia no cinema e pavimenta o caminho para mais um filme do personagem pelo menos, pois como o próprio Holmes diria é mais que elementar que mais casos estão por vir e se permanecer nesta linha se tornando ainda melhores a cada filme da franquia.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Crítica - Imortais

Antes de mais nada um aviso é totalmente dispensável o uso do 3D para assistir ao filme, para dizer a verdade o roteiro do filme dispensa esse tipo de recurso, dado o aviso vamos agora a primeira crítica de 2012 do blog.

Imortais (Immortals, EUA 2011), a primeira vista lembra muito os filmes de aventura das décadas de 60 e 70, onde os filmes de Simbad fizeram enorme sucesso. A trama apesar de simples é consistente e muito bem construída uma vez que o roteiro utiliza muito bem e sem exageros vários elementos da mitologia grega, além da direção do indiano Tarsem Singh que tem no currículo até o momento 4 filmes e talvez o mais conhecido por aqui seja a Cela (The Cell, EUA 2000) com Jennifer Lopez no elenco e apenas um visual exuberante, que já é marca registrada do diretor.

Logo no ínicio do filme o público fica sabendo que houve uma guerra entre os duas raças que habitavam a terra, os vencedores dessa batalha se intitularam deuses e os que foram derrotados os titãs foram aprisionados nas profundezas do monte tártaro, para permanecerem ali pela eternidade e não interferirem no desenvolvimento da humanidade. Por sua vez os deuses foram viver no Olimpo e fizeram um juramento de não interferirem no curso da história da humanidade e somente o fariam caso os titãs algum dia fossem libertados da sua prisão.

O tempo avança e surge uma nova ameaça para a humanidade, por vigança o Rei Hyperion (Mickey Rourke em excelente atuação) resolve percorrer a Grécia com o seu exército e encontrar a qualquer custo o Arco de Épiro, uma arma capaz de libertar os titãs da sua prisão e desta forma começar uma nova guerra entre os Deuses e os derrotados Titãs, que culminaria na destriução dos Deuses e assim Hyperion obteria a sua vigança. Porém um humano conhecido como Teseu (Henry Cavill) se torna a aposta dos deuses para deter Hyperion e dar a humanidade uma nova chance de seguir com o seu caminho.

Se a trama é até simples, não se pode falar o mesmo do visual do filme, que esbanja detalhes em todos os cenários, seja no Touro Dourado que esta no palácio de Hyperion, na cena do labirinto ou nas máscaras que os seguidores de Hyperion utilizam, como a de touro, que servirá para fazer uma referência ao labirinto onde este será derrotado por Teseu e dando origem a uma das lendas gregas. Logo tudo nesse filme tem o seu próprio visual para chamar atenção, a roupa dos Deuses do Olimpo causam inveja a qualquer carnavalesco carioca.

E não será surpresa alguma se o filme for comparado a "300" do diretor Zack Snyder, a última batalha é um misto desse filme com a batalha que se vê no segundo episódio da trilogia "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres" ou até mesmo em "Troia". Porém apesar das semelhanças o filme consegue a sua identidade própria, mas não resta dúvida de onde veio a inspiração do diretor e dos roteiristas elaborar algumas sequências do filme.

A trilha sonora não compromete o filme e pontua bem as sequência de ação e as cenas de batalha, que são muitas ao longo dos 110 minutos de projeção.

As cenas de luta em câmera lenta é utilizada por pura estética do diretor, pois necessidade não haveria nenhuma em fazer isso, mesmo assim o diretor não exagera nessas cenas e quando são utilizadas destacam um personagem lutando sempre contra uma horda do exército inimigo.

O filme irá agradar mais ao público masculino do que ao feminino, primeiro pelas suas cenas de violência extrema (cabeças degoladas, membros esquartejados e olhos perfurados são alguns dos aperitivos), lógico que a presença de Freida Pinto (como Phaedra a sacerdotisa e oráculo) é mais do que desculpa para a cena de nudez do filme.

Pode-se dizer que entre erros e acertos que "Imortais" sai com saldo positivo a seu favor e agrada ao público em geral, lógico que uma sequência já está sendo planejada pela forma como o filme termina e se os devidos ajustes forem realizados em uma possível sequência, talvez o diretor chegue a um filme perfeito sobre a mitologia grega e o imortalize com a permissão dos Deuses do Olimpo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Preview 2012 - Parte 2

Para dar continuidade a parte 1 dos filmes que prometem em 2012 segue a lista. Agora com os meses de Julho a Dezembro.

Julho:

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge: A trilogia do Homem Morcego concebida pelo diretor Christopher Nolan chega ao seu apoteótico final. Desta vez a história se passa 7 anos após o final do segundo filme e Batman irá enfrentar a novamente a Liga das Sombras que ele derrotou em Batman Begins. Tem tudo para ser um dos grandes lançamentos do ano.

O Espetacular Homem-Aranha: Seguindo a onda dos reboots que assola Hollywood, chega as telas a nova versão de Homem Aranha, desta vez Peter Parker/Homem Aranha será vivido pelo ator Andrew Garfield (que participou recentemente de A Rede Social). Na história que não levará em conta os três últimos filmes do cinema, será a vez do Lagarto ser o vilão do filme.

Valente: A aposta da Pixar para este ano é uma animação que trás uma heroína mulher e se passa no século 10 em plena Escócia. O filme é inspirado em uma lenda Celta e se depender das primeiras imagens divulgadas nos trailers a Pixar irá emplacar mais um sucesso.

Agosto:

Os Mercenários 2: Sylvester Stalone, Jet Li, Dolph Ludgren, Bruce Willis entre outros astros de ação estão de volta para mais um filme. A história se baseia em uma história de vigança que irá levar o grupo a entrar em conflito com um ditador que pretende destruir o movimento de resistência.

Setembro:

Paranorman: Um desenho animado que conta a história de um garoto que tem poderes paranormais se junta a fantasmas e zumbis para salvar a sua cidade de uma maldição secular. O filme será em 3D e é mais uma criação da equipe que levou para o cinema Coraline e o Mundo Secreto.

Dredd: Quem se lembra do filme O Juiz com Sylvester Stallone e conhecia o personagem dos quadrinhos se decepcionou com o filme de 1995. Agora após 17 anos o Juiz Dredd voltará as telas do cinema com uma nova versão que terá a mesma trama do filme anterior, porém com novos atores. Será que desta vez o Juiz Dredd terá o filme que merece? É aguardar para ver.

Outubro:

Procurando Nemo 3D: Parece que a Disney esta levando a sério a idéia de levar os seus maiores sucessos de volta ao cinema só que agora em 3D. Chega a vez de Procurando Nemo (EUA 2003) voltar as telas de cinema com essa tecnologia, pode ser a chance de rever o filme na tela grande e agora com a tecnologia 3D que trará outra dimensão ao filme.

Novembro:

007 - Sky Fall: A agente com licença para matar volta em uma aventura completamente nova e que não terá ligação alguma com os filmes Cassino Royale e Quantum of Solance. Desta vez o agente terá a sua lealdade a M testada depois que o passado dela virá a tona.

Frankenweenie: O diretor Tim Burton agora transforma em longa metragem o seu curta metragem que lhe rendeu muitos elogios na época em que foi feito. O filme conta a história de um garoto que tenta trazer de volta a vida o seu cachorrinho de estimação.

Dezembro:

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada: O diretor Peter Jackson volta a visitar a Terra Média após 9 anos de ter concluído a Trilogia "O Senhor dos Anéis". O Hobbit conta a história de Bilbo Bolseiro que é recrutado por Gandalf e 13 anões para seguirem até a Montanha Solitária onde Smaug um dragão roubou o tesouro dos anões. É nesta aventura que Bilbo encontra o Um Anel que desencadeia os fatos contados nos filmes anteriores. O filme só será concluído em dezembro de 2013 quando chega aos cinemas O Hobbit - Lá e de Volta Novamente.

Lincoln: Steven Spielberg leva as telas a história do Abrahan Lincoln, o décimo sexto presidente dos Estados Unidos, desde a sua ascenção ao poder até o seu assassinato. Daniel Day Lewis viverá o ex-presidente ao lado de um elenco que ainda conta com Tommy Lee Jones e Joseph Gordon-Levitt.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Preview 2012 - Parte 1

Este é o quarto ano do blog e quando iniciei este projeto de escrever sobre cinema (uma das minha paixões) não achava que iria chegar tão longe, mas aqui estou continuando este projeto e agora incentivado pela minha esposa.

Como primeiro post do ano de 2012 resolvi falar sobre os filmes que tem grandes chances de arrecadarem milhões e levarem milhões de espectadores para as salas escuros ao longo de todo ano. Então vamos a eles:

Janeiro:

As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne: É a grande aposta do mês, pois reune Steven Spilberg e Peter Jackson, em um filme que promete trazer para as telas toda a escência do personagem criado por Hergé e as últimas técnicas de captação de imagem, além é claro de ter sido todo filmado em 3D.

Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras: Com o sucesso do primeiro filme e até pela forma como o original terminava, esta continuação já era mais que certa e ao que parece pelo trailer tem tudo para superar o original. Nesta nova aventura Sherlock e Watson irão perseguir o Professor Moriarty o arquiinimigo de Sherlock.

Cavalo de Guerra: A fórmula certa para arrebatar muitos Oscars. Rapaz tem o seu cavalo enviado para a guerra e resolve ir atrás dele, acrescente algumas lágrimas e uma mensagem edificante e assinatura de Spilberg, pronto a receita esta completa. Porém não está indo muito bem nos EUA.

Millenium 1 - Os Homens que Não Amavam as Mulheres: O remake americano baseado nos livros do sueco Stieg Larson. Se seguir o mesmo roteiro do filme original tem tudo para agradar ao público que curte uma boa história de suspense.

Fevereiro:

A Invenção de Hugo Cabret: Martin Scorcese leva as telas o seu primeiro filme totalmente filmado em 3D. A história de um garoto de 12 anos que vive em uma estação de trem na Paris do início do século XX e tem que descobrir como ligar um andróide deixado incompleto pelo seu pai minutos antes de morrer. É uma das apostas para se tornar um forte candidato ao Oscar.

A Mulher de Preto: A primeira aparição de Daniel Radcliff após deixar a franquia Harry Potter em um suspense sobrenatural. No filme Radcliff vive um advogado que deve desvendar o mistério de uma mulher que aparece de preto em uma mansão no interior da Inglaterra.

A Bela e a Fera 3D e Star Wars Episódio I - A Ameaça Fantasma 3D: Na onda dos filmes 3D estes dois filmes foram convertidos e serão relançados nesse formato. Não apresentam nenhuma novidade em relação aos filmes já lançados anteriormente. No caso de A Bela e a Fera apresenta um número musical inédito, porém isso não mudará em nada a história que foi indicado ao Oscar no início dos anos 90.

Março:

Anjos da Noite 4 - Um Novo Amanhacer: Após vários filmes terem lançados continuações que os levaram para um quarto filme, não era surpresa que Anjos da Noite não fosse entrar nesse filão e para ser completo o filme foi filmado em 3D. Neste capítulo a vampira Selene (Kate Beckinsale) após acordar de um coma ela irá descobrir que tem uma filha e precisa protege-la de um grupo de lobisomens assassinos.

O Corvo: Nada haver com o filme que tirou a vida do filho de Bruce Lee ainda durante as filmagens. A trama ficcional relata os últimos dias da vida do escritor e poeta Edgar Alan Poe, enquanto este tenta desvendar uma série de assassinatos que se baseiam em seus livros.

Piratas Pirados!: A Ardaman Animation retorna as suas origens da animação stop motion para contar a história do Capitão Pirata que junto com a sua tripulação quer conquistar o prêmio de pirata do ano. Se manter o humor britânico dos outros curtas da Ardaman tem tudo para ser mais um grande sucesso do estúdio.

Abril:

Os Vingadores: O primeiro blockbuster do verão americano já é antes de mais nada considerado o filme evento do ano. Após anos preparando o terreno para levar as telas esse filme a Marvel Studios faz mistério sobre a trama do filme e até o momento pouca coisa foi divulgado sobre a trama.

American Pie - O Reencontro: Após vários fracassos devido aos filmes da série que foram lançados diretos em DVD, algo teria que ser feito para salvar a série que já havia caído no esquecimento do público. A idéia do longa foi reunir todo o elenco original dos três primeiros episódios e colocá-los em uma trama que se passa 10 anos após o último filme feito para o cinema.

Maio:

MIB Homens de Preto 3: Após 10 anos do lançamento do segundo filme em 2002, Will Smith e Tommy Lee Jones voltam a vestir os seus ternos pretos em uma trama que irá viajar no tempo e levar o agente Jay para a década de 60 para tentar impedir que Kay seja morto no passado e o futuro seja alterado por um inimigo deste.

Battleship - Batalha dos Mares: Liam Neeson encabeça o elenco de uma aventura épica onde será decidido o futuro da Terra na luta com uma força superior. A batalha ainda terá cenas no ar e na terra. Tem tudo para ser um dos grandes sucesso de 2012.

Junho:

Branca de Neve e o Caçador: A história original da Branca de Neve é recontada de uma forma diferente, tendo como estrela a atriz Kristen Stuart (a Bella da Saga Crepúsculo). Neste "conto de fadas" sombrio a Branca de Neve ganha ares de aventura medieval ao aprender com um Caçador como se defender da Rainha Má.

Madagascar 3: Voltar para casa nunca foi tão difícil e desde o primeiro filme que Alex, Marty, Melman e Glória e o resto do animais vão parar na Europa e entram por acaso em um circo etinerante. Ao que parece pelo trailer será melhor que o segundo capítulo, que não disse muito para o que veio devido ao seu roteiro fraco e sem muita originalidade.

A Era do Gelo 4: Mais uma vez o diretor Carlos Saldanha irá colocar Sid, Diego, Manny, Ellie e o esquilo Scrat em uma nova aventura, após Scrat acidentalmente dividir os continentes da Terra devido a sua eterna busca em esconder a sua noz. Pelos curtas metragens que já estão sendo vinculados na Internet mais surpresas estão por vir.

Prometheus: Após 4 filmes onde os humanos lutaram pela sua sobrevivência contra os Aliens, chegou a hora do diretor do filme original Ridley Scott contar ao público a origem da raça de alienigenas, após um grupo de cientistas partirem em uma jornada em busca de respostas da origem da vida.

Bem por enquanto é isso... em breve estarei postando a parte 2 deste preview para 2012.