sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Crítica - UP Altas Aventuras

O que é manter uma promessa feita para a pessoa que você mais ama nesta vida? É nesta premissa que o excepicional e excelente "UP - Altas Aventuras" (UP, EUA 2009) se baseia, e diga-se de passagem cumpre tudo o que promete.

Os magos da Pixar conseguem mais uma vez se superar e dão ao público um filme que é pura magia. E conseguem levar o público ao riso e as lágrimas e isso tudo nos 102 minutos de duração do filme.

O filme começa nos anos 30 com Carl Fredricksen ainda menino, assistindo no cinema e em preto e branco um documentário sobre o seu explorador favorito Charles Muntz, porém este é desacreditado pela comunidade científica da época o que faz Muntz jurar que irá voltar ao local de onde viera e trazer a ave viva e limpar o seu nome.

Neste meio tempo o ainda garoto Carl conhece a espivitada e aventureira Ellie e a menina o faz prometer que irá levar o clubinho deles para o topo do vale das cachoieras, um lugar que permanece intocado pelas mãos do homem. E se desenrola diante dos olhos do público o primeiro grande momento do longa, sem uma fala e se utilizando de música somente o tempo passa para o casal Ellie e Carl, que em nenhum momento desistem da promessa que foi selada quando ainda eram crianças naquela mesma casa. Porém o destino tem outros planos e Carl fica viúvo, porém não se esquece da promessa feita a Ellie.

O filme salta alguns anos e vemos um Carl amargurado e resistindo a todas as propostas de vender a sua casa para que seja levantado no local um arranha-céu. Após um incidente envolvendo um dos funcionários da companhia de obras Carl é levado ao tribunal e a sua sentença é abandonar a casa que é o seu último vínculo com a sua esposa e ir para um asilo.

Neste momento surge na vida de Carl, Russell um menino cheio de sonhos e esperanças, que necessita de todo modo ajudar um idoso para se tornar um grande explorador e por um acaso do destino Russell acaba embarcando na maior aventura que poderia imaginar ao acidentalmente ser levado junto com Carl e sua casa voadora.

Contar mais a partir dai seria estregar todo o encanto que UP tem a oferecer ao público, que irá rir e chorar, ao longo da jornada de Carl e Russel para levar a casa ao Vale das Cachoeiras.

Os diálogos travados entre Carl e Russell que soam secos no início do filme vão se tornando mais fraternos ao longo da projeção, pois a jornada ensina lições importantes para ambos.

Com um roteiro enxuto e ágil, UP é um filme que trata de perdas, sonhos e promessas a serem cumpridas.

É normal ao longo da projeção nos momentos mais tocantes do filme se escutar alguém chorando no cinema e não será vergonha se emocinar com esses momentos. Destaque aqui para a cena em que Carl toma coragem para ler o diário escrito pela sua falecida esposa e atenção a frase escrita por ela na última página... realmente não há como conter as lágrimas.

UP é a definição de que a sétima arte ainda pode produzir excelentes filmes. Uma coisa é certa o Oscar de melhor animação já está garantido, e por que não ousar e acreditar que UP pode disputar de igual para igual o Oscar de melhor filme do ano de 2009. Esta seria a conquista definitiva que falta a Pixar.

Ao final o público sai do cinema com a certeza de ter assistido a um dos melhores filmes do ano de 2009, senão o melhor.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Crítica - Os Normais 2


Desde a retomada do cinema nacional que ocorreu a partir de 1994, bons exemplares de produções nacionais chegam as telas de cinema disputando a bilheteria com as produções americanas e em alguns casos desbancando as mesmas.

E no seu primeiro fim de semana nas salas de cinema "Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas" (Brasil, 2009), levou aproximadamente 360 mil pessoas as salas de cinema de todo o Brasil para assistirem o segundo longa protagonizado por Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres, como Rui e Vani.

Após 13 anos juntos Rui e Vani, se deparam com a rotina em sua relação e acabam tendo a idéia de realizarem um ménage-a-trois para aquecer a relação dos dois, o problema está em encontrar uma parceira que tope a tal fantasia do casal.

O filme se passa em uma única noite e os seus 75 minutos de duração é ideal para que o público não ache que verá a mesma piada mais de uma vez, e o roteiro nem dá chance para que isso ocorra.

A química entre os atores principais continua a mesma que o público já conhecia da série de TV e do primeiro filme da série.

As situações criadas são hilárias e vale destacar a excelente cena do hospital onde uma piada puxa uma outra ainda mais engraçada, e tudo filmado de uma forma que o espectador vai percebendo as gags a medida que estas vão ocorrendo.

O filme é recheado de participações especiais e em sua maioria mulheres, que vivem as possíveis candidatas a realizarem a tal fantasia idealizada por Rui e Vani.

Se um terceiro filme vier a ocorrer não será surpresa se superar os seus antecessores, pois se o segundo já superou o excelente primeiro filme, podemos esperar quem sabe o melhor para o final.