sábado, 7 de maio de 2011

Crítica - Thor

A Marvel Studios a cada estréia de um de seus filmes parece estar se estabelecendo como um dos estúdios que trata com seriedade os seus personagens, e a partir de produções bem cuidadas e com roteiros que agradam aos fãs e aos não fãs. Além de estar dando ao cinema uma nova visão de como se pode fazer uma cine série de sucesso, onde fatos que ocorrem em outros filmes da empresa se entrelaçam com fatos que são narrados no filme mais recente e no fim é como se você estivesse lendo uma revista só que em formato de filme.

A produção mais recente do Marvel Studios a ganhar as telas do mundo todo no último dia 29/04 foi "Thor" (Thor, EUA 2011). Como se trata do primeiro filme solo do herói é necessário contar a sua origem e como o mesmo veio acabar por viver na Terra (ou Midgard como o personagem chama o nosso planeta).

O filme começa com Jane Foster (Natalie Portman), o Dr. Erik Sevig (Stelan Skargard) e Darcy Lewis (Kat Dennings), em mais uma noite aguardando uma tempestade no deserto do Novo México para coletar dados para a pesquisa que estão realizando. Só que nesta noite ao ir atrás da "tempestade", o grupo acaba por atropelar um homem e após prestar socorro a ele acabam por descobrir mais tarde, que apesar da aparência humana ele não pertence ao nosso mundo.

É neste momento que o filme recua no tempo para contar como os Asgardianos mantêm a paz entre os nove mundos e o motivo pelo qual Thor (Chris Hemsworth) será exilado. É neste momento que somos apresentados aos gigantes de gelo que habitam um dos nove mundos e são governados pelo Rei Laufey (Colm Feore) e devido a um ato impensado de Thor, que desencadeia uma nova guerra entre os dois povos e a paz do universo estará novamente ameaçada.

O filme então volta ao seu príncipio e iremos a partir dai acompanhar toda a saga do herói para se reafirmar e ser digno de empunhar novamente o Mjomin, o martelo que lhe confere os seus poderes.

Levar para as telas todo esse roteiro com toques fantásticos, poderia ser algo impossível, pois a Marvel estaria saindo da zona de conforto dos seus filmes anteriores, onde os poderes dos heróris derivavam de mutações genéticas (X-Mem e Homem Aranha), experiências mal-sucedidas (Hulk) e avanço tecnológicos (Homem de Ferro) e não um personagem que já nasceu com os seus super poderes. Além de ter que ainda que lidar com as tramas e traições políticas que ocorrem em Asgard. Para essa missão foi escolhido o diretor inglês Kenneth Branagh, que egresso de diversas adaptações de obras de Shaskepeare para as telas de cinema teria a habilidade para conduzir a empreitada.

Não só o diretor faz um excelente trabalho de direção e direção de atores, como soube filmar de forma perfeita com a tecnologia 3D que teve a disposição, e os ângulos de câmeras escolhido pelo diretor enriquecem cada cena do longa de maneira extraordinário, aqui fica o destaque para as cenas da Ponte de Arco Íris e a batalha entre os Asgardianos e os Gigantes de Gelo.

Como o filme apresenta também em sua trama as intrigas políticas na corte de Asgard, o diretor se sentiu ainda mais confortável para deixar fluir as suas experiências com tema, devido aos muitos filmes em que dirigiu onde a temática central dos filmes era a traição e intrigas políticas.

Além disso tudo a favor do filme, o mesmo serve para fazer ponte com outros filmes do Marvel, e referências é o que não falta em "Thor", desde frases ditas pelos personagens até em pequenos detalhes nos cenários onde a aventura se desenrola. O filme também serve para pavimentar o caminho para o filme dos Vingadores, onde estarão nas telas juntos a super equipe composta por Thor, Homem de Ferro, Hulk e Capitão América que tem a sua estréia marcada para 2012.

As cenas de ação são bem elaboradas e não são exageradas, se encaixam bem no contexto do roteiro e até as idas e vindas entre Asgard e a Terra é feito de maneira a não atrapalhar a narrativa.

Com um bom roteiro, um ótimo diretor e um elenco bem escalado, "Thor" é mais um excelente filme produzido pelo Marvel Studios e não decepciona aos fãs do herói em nenhum aspecto. Vale a pena assistir no cinema e se possível em 3D.

Agora que o caminho já está pronto é só aguardar pelo tão esperado encontro dos heróis em 2012 e torcer que os filmes solos dos heróis sejam tão bons quanto esse exemplar. Ah sim!!! Não saiam da sala antes de terminarem os créditos, existe uma cena extra escondida ao final do filme.