Em 1968 foi lançados nos cinemas um filme que a princípio trazia uma história despretenciosa, o de um planeta onde toda a sociedade era dominada por macacos e os homens eram os "animais" e escravos dos símios, o filme era "Planeta dos Macacos" (Planet of the Apes, EUA 1968). Com o sucesso do primeiro filme logo foram realizados mais 4 continuações entre os anos de 1970 e 1973, praticamente uma a cada ano o que não comprometeu em nada a narrativa dos filmes, porém todos inferiores ao clássico de 1968.
Em 2001 o diretor Tim Burton, trouxe a sua versão para a história e com um remake do filme original de 1968, não obteve sucesso e a sua intenção de fazer uma nova série não alavancou e rendeu somente o pior filme da carreira do cineasta e nada mais.
Só que este fracasso não afastou a idéia dos produtores de Hollywood em fazer mais uma tentativa para revitalizar a série, só que desta vez no foi feito um remake, mas sim uma nova origem para a história e Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes, EUA 2011), promete ser uma nova série para os cinemas, mesmo tendo somente os elementos básicos dos originais e de prestar algumas homenagens a série original.
A ação se muda para uma São Francisco dos dias atuais, onde o cientista Will Rodman (James Franco), tenta a todo custo achar a cura para o Mal de Alzhemeir com a intenção de salvar o seu pai da doença, então com a sua equipe utiliza chipanzés para fazer os testes da vacina. Porém a droga batizada de ALZ 112 tem um efeito diferente nos símios, que faz com que estes desenvolvam inteligência maior que a dos humanos. Após um acidente durante a apresentação para a diretoria da empresa para conseguir os recursos para o término da sua pesquisa e uma das cobais chipanzés ser morta diante de todos os diretores, Will é obrigado a parar a pesquisa e sacrificar os chipanzés, porém um de seus ajudantes descobre que na verdade uma das chipanzés havia dado a luz e estava somente defendendo a sua cria. Will resolve levar o pequeno chipanzé para sua casa e continuar as pesquisas da droga por conta própria, porém isso seria o estopim de toda uma revolução, e a criação de uma nova raça.
Apesar desta versão para a origem do planeta dos macacos ser diferente, da contata na versão dos anos 60 e 70, ao menos é uma versão que não compromete a história original.
Ao contrário dos filmes dos originais a maior parte dos macacos utilizados que aparecem nos filme são digitais, e foi utilizada a técnica de captação de movimentos de atores reias para dar vida aos símios. Andy Serkis (o mesmo ator que deu vida ao Gollum da trilogia Senhor dos Anéis) aqui vive Caesar o chipanzé que será o líder dos macacos.
Além destes atores estão presentes Freida Pinto, como uma veterinária que irá ter um romance com Will e Tom Felton (o Draco Malfoy da série Harry Potter), que parece estar interpretando ainda o mesmo personagem da série do bruxinho, porém o seu personagem no filme irá despertar o ódio dos símios pelos humanos devido aos maltratos que recebem dos humanos que tomam conta deles em uma espécie de prisão de segurança máxima, onde desde jatos de água fria e choque são utilizados para "acalmar" os animais. Local este que Caesar vai ser levado após atacar o vizinho de Will para defender o pai do cientista.
O filme contém poucas cenas de ação, e somente a cena da Golden Gate quando os macacos utilizando técnicas de guerrilha e liderados por Caesar irão atacar os seus opressores humanos, na tentativa de irem viver nas matas ao redor da cidade, chama maior atenção.
Apesar de trazer uma versão diferente da contata na série original para como a Terra será habitadas pelos símios, está versão não é tão comprometedora como a realizada por Tim Burton. No final o filme agrada o público e deixa uma porta aberta para uma continuação, só não se sabe se a Fox irá levar os seus planos a frente e seguir com a série, mas tudo indica que sim. Com uma linha narrativa já estabelecida é mais fácil em um futuro filme colocar mais ação e continuar a história.
Com algumas qualidades o filme se sai bem nas telas, porém o clássico de 1968 ainda impera absoluto e ainda não será desta vez que será destronado por uma versão moderna da história.
Com algumas qualidades o filme se sai bem nas telas, porém o clássico de 1968 ainda impera absoluto e ainda não será desta vez que será destronado por uma versão moderna da história.