domingo, 25 de setembro de 2011

Crítica - Planeta dos Macacos: A Origem

Em 1968 foi lançados nos cinemas um filme que a princípio trazia uma história despretenciosa, o de um planeta onde toda a sociedade era dominada por macacos e os homens eram os "animais" e escravos dos símios, o filme era "Planeta dos Macacos" (Planet of the Apes, EUA 1968). Com o sucesso do primeiro filme logo foram realizados mais 4 continuações entre os anos de 1970 e 1973, praticamente uma a cada ano o que não comprometeu em nada a narrativa dos filmes, porém todos inferiores ao clássico de 1968.

Em 2001 o diretor Tim Burton, trouxe a sua versão para a história e com um remake do filme original de 1968, não obteve sucesso e a sua intenção de fazer uma nova série não alavancou e rendeu somente o pior filme da carreira do cineasta e nada mais.

Só que este fracasso não afastou a idéia dos produtores de Hollywood em fazer mais uma tentativa para revitalizar a série, só que desta vez no foi feito um remake, mas sim uma nova origem para a história e Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes, EUA 2011), promete ser uma nova série para os cinemas, mesmo tendo somente os elementos básicos dos originais e de prestar algumas homenagens a série original.

A ação se muda para uma São Francisco dos dias atuais, onde o cientista Will Rodman (James Franco), tenta a todo custo achar a cura para o Mal de Alzhemeir com a intenção de salvar o seu pai da doença, então com a sua equipe utiliza chipanzés para fazer os testes da vacina. Porém a droga batizada de ALZ 112 tem um efeito diferente nos símios, que faz com que estes desenvolvam inteligência maior que a dos humanos. Após um acidente durante a apresentação para a diretoria da empresa para conseguir os recursos para o término da sua pesquisa e uma das cobais chipanzés ser morta diante de todos os diretores, Will é obrigado a parar a pesquisa e sacrificar os chipanzés, porém um de seus ajudantes descobre que na verdade uma das chipanzés havia dado a luz e estava somente defendendo a sua cria. Will resolve levar o pequeno chipanzé para sua casa e continuar as pesquisas da droga por conta própria, porém isso seria o estopim de toda uma revolução, e a criação de uma nova raça.

Apesar desta versão para a origem do planeta dos macacos ser diferente, da contata na versão dos anos 60 e 70, ao menos é uma versão que não compromete a história original.

Ao contrário dos filmes dos originais a maior parte dos macacos utilizados que aparecem nos filme são digitais, e foi utilizada a técnica de captação de movimentos de atores reias para dar vida aos símios. Andy Serkis (o mesmo ator que deu vida ao Gollum da trilogia Senhor dos Anéis) aqui vive Caesar o chipanzé que será o líder dos macacos.

Além destes atores estão presentes Freida Pinto, como uma veterinária que irá ter um romance com Will e Tom Felton (o Draco Malfoy da série Harry Potter), que parece estar interpretando ainda o mesmo personagem da série do bruxinho, porém o seu personagem no filme irá despertar o ódio dos símios pelos humanos devido aos maltratos que recebem dos humanos que tomam conta deles em uma espécie de prisão de segurança máxima, onde desde jatos de água fria e choque são utilizados para "acalmar" os animais. Local este que Caesar vai ser levado após atacar o vizinho de Will para defender o pai do cientista.

O filme contém poucas cenas de ação, e somente a cena da Golden Gate quando os macacos utilizando técnicas de guerrilha e liderados por Caesar irão atacar os seus opressores humanos, na tentativa de irem viver nas matas ao redor da cidade, chama maior atenção.

Apesar de trazer uma versão diferente da contata na série original para como a Terra será habitadas pelos símios, está versão não é tão comprometedora como a realizada por Tim Burton. No final o filme agrada o público e deixa uma porta aberta para uma continuação, só não se sabe se a Fox irá levar os seus planos a frente e seguir com a série, mas tudo indica que sim. Com uma linha narrativa já estabelecida é mais fácil em um futuro filme colocar mais ação e continuar a história.

Com algumas qualidades o filme se sai bem nas telas, porém o clássico de 1968 ainda impera absoluto e ainda não será desta vez que será destronado por uma versão moderna da história.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Crítica - Os Smurfs

Sei que demorei um pouco para postar essa crítica, mas não poderia deixar de falar a respeito desse filme aqui no blog. Quando saíram as primeiras notícias que seria feito um filme dos Smurfs para o cinema pensei que outra bomba estava a caminho, tempos depois divulgaram que o diretor seria Raja Gosnel (egressos de filmes não tão bons assim), pronto tudo indicava que o filme tinha tudo para ser a bomba de 2011. Para a minha surpresa e de muitos outros espectadores o filme, além de servir de nostalgia para aqueles que viveram a infância ou adolescência nos anos 80 é ótimo.

Pode-se dizer que "Os Smurfs" (The Smurfs, EUA 2011) é um filme divertido, ágil e com um roteiro simples, mas que não compromete o resultado final. O primeiro acerto é colocar os seres azuis da altura de três maçãs em plena cidade de Nova York em pleno século XXI. Como isso é feito? Logo no início do filme o smurf Desastrado atrai sem querer o bruxo Gargamel (Hank Azaria) para a Vila dos Smurfs, objetivo perseguido pelo bruxo em toda a série animada e que este nunca conseguia atingir. Está é a deixa para levar Papai Smurf, Smurfette, Gênio, Desastrado, Ousado e Ranziza, após a fuga da vila a atravessarem um portal mágico aberto devido a Lua Azul, para a cidade grande e lá se encontrarem com o casal Grace Winslow (Jayma Mays) e Patrick Winslow (Neil Patrick Harris) e lógico que para o roteiro funcionar era preciso levar Gargamel e o seu gato Cruel para a cidade grande pelo mesmo portal.

O roteiro apesar de simples, não deixa pontas soltas e não exagera nas piadas relacionadas a cor dos smurfs, seja fazendo referência a uma nova mídia digital de filmes ou a um grupo performático americano. Porém os melhores momentos do filme são de Gargamel e de seu gato Cruel que no meio de Nova York parecem terem sido incorporados de forma perfeita a metrópole, devido ao todo tipo de gente que anda por aquela cidade, logo eles apesarem de "esquisitos" para a época são encarados com naturalidade pelos habitantes da cidade.

Não poderia faltar a música cantarolada pelos smurfs no desenho animado e a cena que os pequenos seres azuis cantam para "alegrar" o trabalho de Patrick em seu escritório e com direito a um comentário um pouco sarcático por parte de um dos personagens, além servir como outra justa homenagem ao desenho dos anos 80.

E como estamos na época dos filmes em 3D, este não poderia deixar de entrar na onda e ter a sua versão em três dimensões exibida nas telas de cinema, e não é surpresa se um ou outro smurf se aproximar da platéia e alguém tentar colocar a sua mão nos seres azuis. O 3D dá uma vida extra ao roteiro e não é um exagero por parte do estúdio para se arrecadar mais dinheiro na bilheteria.

Talvez a única coisa que não se encaixa perfeitamente no todo é a personagem vivida pela atriz Jayma Mays, que não tem uma função bem definida na história e se a sua personagem nem existisse na história não faria a menor falta.

Com referências ao século XXI muito bem sacadas - como a cena do Guitar Hero - o filme está agradando ao público em geral e levando adultos a reviver a sua infância e fazendo toda uma nova geração de fãs das criaturas azuis criadas pelo belga Peyo em 1958.

Devido ao sucesso do filme a Sony já deu sinal verde para que o segundo filme seja feito e o mesmo está agendado para chegar as salas de cinema em meados de 2013.

Agora é esperar para ver o que os roteiristas irão fazer com os personagens no segundo filme, quais os novos personagens irão entrar para o grupo e onde a ação irá se passar e lógico torcer para que uma segunda visita do público aos Smurfs seja também tão surpreendente como esta primeira... Ahhh sim e esperar que a canção dos smurfs esteja lá novamente.