Um filme cativante que com certeza irá conquistar o público com a sua narrativa e a mensagem de amizade deixada pelo longa.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Crítica - Sempre ao Seu Lado
Um filme cativante que com certeza irá conquistar o público com a sua narrativa e a mensagem de amizade deixada pelo longa.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Crítica - Avatar
No primeiros minutos de projeção, nenhuma surpresa somente cenas com profundidade nunca antes vistas e uma imagem nítida introduzem alguns personagens e dão explicações rápidas do que está por vir pela frente. Mais alguns minutos se passam e os espectadores são levados ao planeta Pandora e apresentados a sua fauna e flora, e é neste momento que o filme projetado por James Cameron passa a mostrar o porque de ser um exemplar único em projeção em 3D, ao emergir literalmente o espectador na ação.
Os espectadores realmente são envolvidos pela fauna e flora do Planeta Pandora, tudo em Avatar é superlativo, e cada centavo dos milhões gastos no filme (dizem ter sido mais de US$ 400 milhões) fazem jus a este mega orçamento e a Fox novamente tem nas mãos um filme que irá levar multidões aos cinemas e com grandes chances de desbancar Titanic nas bilheterias.
As cenas nas florestas de Pandora, os insetos que a todo momento saem dos arbustos, as folhas que não param de se mexer e de cair sobre a platéia todo o cenário contribui para emergir os espectadores na ação e realmente somos levados para aquele mundo fantástico e peculiar, como nenhum outro filme foi capaz de fazer antes.
Eu particularmente havia lido já muito sobre o filme e tenho certeza que não só as minhas expectativas quanto a de milhões de pessoas ao redor do mundo, que esperaram o ano inteiro para assistir a esse filme foi literalmente satisfeita, pois o filme realmente é magia em 3 dimensões.
Mas será que tudo em Avatar é perfeito? Não. Tecnicamente ele é um filme encantador, porém o roteiro não condiz com a grandiosidade do filme.
Simplório e previsível em todos os aspectos o roteiro de Avatar é corriqueiro, ao contar para o público a história do fuzileiro naval Jake Sully que é convocado para o programa de Avatares. Sua missão é simples se infiltrar na comunidade Na'vi (os nativos de pandora) coletar informações e repassa-las para as suas tropas no intuíto de fornecer a localização de um minério raro que vale 20 milhões de dólares o kilo. Só há um porém, que o tal jazida das tão cobiçadas pedras, estão exatamente abaixo de uma aldeia Na'vi. Porém conforme Rosseau dizia na sua teoria do bom selvagem que "o homem nasce bom e é a sociedade que o corrompe", os Na'vi terão que se tornar um povo guerreiro para combater os invasores - conhecidos como Povo do Céu - e retornar a paz a Pandora.
A trilha sonora é correta e Howard Shore não decepciona, criando músicas que criam a ambientação perfeita para a ação.
O elenco conta com Sam Worthington (O Exterminador do Futuro - A Salvação), Zoe Saldana (do novo Star Trek), Michelle Rodriguez, Singorney Weaver e Giovanni Ribisi. Com boas atuações o elenco não compromete a narrativa, tendo sido dirigido de forma correta por Cameron, mesmo com um roteiro simplório nas mãos.
Cameron definitivamente criou um novo mundo, com diversas possibilidades ainda a serem exploradas, novas histórias para serem contadas e quem sabe levar o público a revistar Pandora e todo o visual fantástico daquele mundo mais algumas vezes. Será difícil não querer voltar a sala de cinema para rever o filme, tamanha é a sua perfeição técnica, alias foram 11 anos desenvolvendo todo o aparato para Avatar se tornar realidade.
Realmente um marco da história do cinema, que entrará definitivamente em um seleto hall que somente algumas obras tem o direito de permanecer e Avatar com todos os méritos tem direito ao posto, pois se Cameron já era o "Rei do Mundo" agora ele é sem dúvida nenhuma o "Rei de Pandora".
sábado, 12 de dezembro de 2009
Crítica - A Princesa e o Sapo
Aliando um roteiro eficiente, música de primeiríssima qualidade (estamos falando de jazz, precisa dizer algo mais?) e resgatando toda a magia que a Disney sempre teve em seus clássicos, o estúdio dá ao público um filme mágico em todos os sentidos e "A Princesa e o Sapo" (The Princess & The Frog, EUA 2009) é um encanto só. Não falo isso por ser fã da Disney e procuro ser sensato nas minhas críticas julgando realmente o filme em todos os aspectos.
O filme começa com Tiana ainda criança escutando de sua mãe uma história sobre a princesa que beija um sapo e este se torna um príncipe encantado se casando com a princesa posteriormente. Um pouco mais a frente somos apresentados ao pai de Tiana que trabalha duro para manter a sua família, mas mantêm o sonho de montar o seu próprio restaurante e ensina a Tiana que o maior poder para a realização de um sonho está dentro do coração de cada um de nós e só assim esses se tornam realidade.
Os anos passam e encontramos Tiana já adulta e determinada a cumprir o sonho de seu pai que já não está mais entre ela e sua mãe. Ao mesmo tempo chega a cidade o Príncipe Naveen que deve arrumar uma noiva rica e se casar. É neste momento que cruza o caminho de Naveen o vilão da história, o Homem das Sombras (tradução em português para o personagem Dr. Facilier) que é um mestre voodu que se vale da magia negra para dominar a cidade e pagar a sua dívida com os espíritos malignos.
Naveen então é enganado pelo Homem das Sombras que o transforma em sapo e ainda é traído pelo seu assistente, que devido aos anos de humilhação vê a chance de ser rico caso o pacto que sela com o vilão venha a ser cumprido.
Lógico que Naveen esbarra em Tiana e a confunde com uma princesa, só que está também é transformada em sapo após o beijo que supostamente quebraria o feitiço do Homem das Sombras, logo os dois irão ter que colaborar um com o outro se estes quiserem ser humanos novamente.
E mais um acerto da Disney em relação ao longa é colocar tudo o que deu certo nos filmes anteriores do estúdio neste daqui. Sem contar nas homenagens aos filmes clássicos da Disney que estão espalhados por todo o longa. Basta reparar na estante de bonecas na primeira cena onde Tiana escuta a história as princesas dos outros filmes da Disney estão lá, ou mesmo no molde que a mãe de Tiana usa para costurar, é o mesmo que estava presente em Cinderela, ou nos carros alegóricos no desfile de Carnaval pelas ruas de New Orleans... e mesmo a Pequena Sereia Ariel aparece representada no filme na cena do baile de máscara... homenagens justas para os filmes responsáveis por todo o sucesso do estúdio ao longo de todos esses anos.
Os personagens secundários criados para auxiliar Naveen e Tiana em sua jornada são igualmente cativantes e os destaques ficam por conta do jacaré tocador de jazz Louis e do vaga lume Ray.
As sequências musicais também estão presente no longa e caem como uma luva na narrativa, antes isso só havia ocorrido com o "Rei Leão" (The Lion King, EUA 1994) que teve a sua trilha composta por Elton John e isso já fazem 15 anos.
Unindo uma história correta com muitas mensagens - tradição Disney neste segmento - o filme encanta a plateia e mostra que a animação 2D ainda tem muito a ser explorada e que possibilidades é que não faltam.
A palheta de cores escolhida para retratar a cidade de New Orleans e os pântanos (onde a maior parte da ação se passa) são perfeitas, e não comprometem os belíssimos cenários desenhados para o filme.
Ahh e lógico que não poderia faltar a estrela sempre brilhante no céu batizada de Evangeline para a qual os personagens sempre se voltam para pedir por ajuda nos momentos mais difíceis.
E como diria Walt Disney em uma de suas célebres frases "O sonho da Disney nunca irá estar completo enquanto houver a imaginação humana". E parece que o sonho está muito distante de acabar e resta ao público somente desejar para uma estrela brilhante no céu que outros filmes deste mesmo quilate e magnitude sejam produzidos e que os magos da Disney voltem a nos levar para mundos cada vez mais mágicos, cheios de sonhos e fascinantes.