segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Crítica - Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Com a franquia Harry Potter já se aproximando do seu derradeiro capítulo final nos cinemas (mesmo a Warner tendo dividido o sétimo e último capítulo em dois filmes), este filão de cinema dedicado a adolescentes de 11 a 17 anos tende a ficar carente. Como Hollywood não dorme no ponto algumas tentativas de criar uma franquia semelhante a do bruxinho nos cinema já foram feitas, primeiro com "A Bússula de Ouro" (The Golden Compass, EUA 2007) e agora chegou a vez de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, EUA 2010, no original) tentar ter sucesso nesta quase impossível missão.

A premissa do filme é interessante, colocar os deuses e seres mitológicos da Grécia transitando entre os humanos em pleno século XXI, e é em uma destas idas e vindas entre os dois mundos que Poseidon (um dos irmãos de Zeus, o outro é Hades) tem um filho com uma mortal, Percy Jackson que na trama do filme é acusado por Zeus de ter roubado os seus raios e este dá um prazo  para que estes sejam devolvidos, caso contrário haverá uma guerra entre os deuses e como resultado desta guerra os dois mundos poderão encontrar a sua destruição para sempre.

Percy é descoberto pelas forças do mal, que também querem tomar posse  dos poderosos raios para si, como forma de subjulgar Zeus e tomar deste o trono do Olimpo. Logo Percy deve ser levado pelo seu protetor Glover (um sátiro) e sua mãe para o acampamento onde todos os semi-deuses são treinados e onde estará em segurança até se embrenhar em sua jornada para provar a sua inocência e devolver a paz ao Olimpo. No acampamento Percy ainda conhece Annabeth (filha da deusa Athenas) que se juntará ao grupo, na jornada pelos EUA para recuperar os raios de Zeus.

O filme tem algumas sacadas legais para colocar em objetos do presente algumas armas mitológicas (vale tudo para fazer o adolescente de hoje se identificar com o heroi), logo uma caneta virá uma poderosa espada, um all star serve de disfarce para os sapatos do deus grego Hermes e o IPod de Percy como espelho para este olhar a Medusa antes de cortar a sua cabeça.

Outro atrativo do filme é usar atores do primeiro escalão de Hollywood para viver os personagens mitológicos. Então Uma Thurman aparece como Medusa, Pierce Brosman como Chiron (centarou e treinador de Percy), Sean Bean como Zeus e ai por diante.

O filme mantem o seu ritmo até o final, pena que o clímax não seja lá essas coisas e seja rápido demais.

A trilha sonora não compromete a narrativa e em alguns momentos até dá o tom certo a ação que esta sendo desenvolvida.

No mais para trazer todo esse mundo para as telas foram necessários muitos efeitos especiais e realizar vários cortes em relação ao livro de Rick Riordan. É verdade que nem li o livro ainda, mas pelos comentários  do público ao final do filme várias coisas que seriam interessantes ver na tela ficaram de fora da versão final.

Dirgido por Chris Columbus (o mesmo que iniciou a franquia Harry Potter nos cinemas) o filme tem tudo para ter uma boa bilheteria e se tornar uma outra franquia, isso caso os produtores façam melhor uso da história que tem em mãos nos outros filmes da franquia que podem estar por vir.

No mais é diversão pipoca para assistir sem compromisso e não esperar muita coisa, se for visto desta maneira o filme cumpre o seu papel de divertir e entreter, será que mais está por vir? O tempo e o público é quem irão decidir o destino dos deuses, semi-deuses e criaturas deste novo universo que chegou as telas de cinema.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Crítica - O Lobisomen

Em tempos de vampiros vegetarianos que brilham a luz do sol, lobisomens bombados e dozenlas insosas o cinema de terror parecia estar perdendo todo o seu brilho, porém o gênero não está morto e ainda há sim esperança de salvar este tipo de cinema que já deu ao seu público fiel ,grandes histórias desde os primórdios do cinema e a prova viva disso é o filme "O Lobisomen" (The Wolfman, EUA 2010, no original). 

Estrelado por um elenco de primeira que conta com Anthony Hopkins, Benicio Del Toro, Hugo Weaving  e Emily Blunt (talvez a mais fraca entre os principais, mas sua atuação convence e não compromete o resultado final do filme). 

O filme tem início no ano 1891 em uma mansão nos arredores da Inglaterra e logo na primeira cena o público já assiste o Lobisomen em ação caçando a sua primeira vítima, corta para a cena seguinte onde somos apresentados Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), ator de teatro, que retorna para casa a pedido da noiva de seu irmão para investigar o desaparecimento desse. 

Lawrence então resolve seguir as pistas o que o leva a um acampamento cigano nas cercanias da pequena cidade onde a sua família mantêm uma propriedade, não tarda muito para o acampamento ser atacado pelo Lobisomen e este morder Lawrence e este por sua vez adquirir a licantropia (doença que transforma a pessoa que a contrae em um Lobisomen).

Com censura 18 anos dá para prever que o filme mostra mesmo membros sendo dilacerados, órgãos internos sendo arrancados e sangue, aliais muito sangue.

A trilha sonora composta por Danny Elfman dá o tom de suspense certo ao filme e em nenhum momento compromete a narrativa.

Outro acerto é a fotografia que busca sempre um visual mais gótico para deixar a trama com o tom de suspense certo que um filme do gênero merece e que a muito não se via nas telas do cinema, desde o excelente Drácula de Bran Stolker dirigido por Francis Ford Coppola em 1990.

E para completar a direção de Joe Johston que no início tem um tom de video clipe e poderia colocar tudo a perder, fica melhor depois de um certo tempo e parece que as atuações dos três atores do elenco masculino ajudaram ao diretor captar a dramaticidade que cada cena precisava e isso contribui e muito para o filme prender o público do início ao fim.

Com este filme o cinema de terror ganha um exemplar a altura dos clássicos de monstros produzidos pela própria Universal nos meados do século passado, e para os apreciadores do gênero não irão faltar motivos para elogiar o filme após o final da projeção e torcer que mais exemplares desse tipo de filme cheguem as telas dos cinemas para deixar o público sentir medo no escurinho do cinema.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Board Games - DIXIT

A proposta do Blog sempre foi a de falar de coisas interessantes seja no campo da sétima arte, seja em qualquer outro campo do vasto mundo do entretenimento. E neste último sábado tive contato com um jogo de tabuleiro (board game) que realmente chamou a minha atenção e mereceu o devido destaque aqui no blog.

O jogo em questão se chama DIXIT, um jogo francês, em que a sua dinâmica é o que chama a atenção dos jogadores e fazem com que estes e apaixonem pelo jogo.

As regras são simples, um por vez os jogadores assumem o papel do contador de histórias e contam uma pequena história (pode ser uma palavra ou uma frase) sobre uma das cartas que tem em mãos, por sua vez os outros jogadores devem selecionar uma das seis cartas que tem em mãos, que mais tenha haver com a história que acabou de ser contada. Essas cartas então vão para a mão do contador de histórias, são embaralhadas e logo em seguida expostas para todos os jogares,  que através de fichas numeradas votarão na carta que acham ser a carta escolhida pelo contador de histórias para narrar a história, só não é permitido que os jogadores votem na sua própria carta.

E são as cartas com desenhos lúdicos e cheios de imaginação que são o grande barato de DIXIT, os desenhos instigam a imaginação das pessoas, e logo, qualquer tipo de história pode surgir basta só os jogadores serem um pouco criativos e não terem vergonha de soltarem a sua imaginação.

O jogo recebeu um prêmio em 2009 e depois do sucesso do original o seu criador já esta preparando DIXIT 2, para sair ainda neste ano de 2010, que permitirá aos jogadores combinarem as cartas do original, com as cartas do segundo.

Um jogo simples, dinâmico e viciante, que me chamou atenção e mereceu um post aqui no blog. Afinal quem não gosta de vez em quando dar asas a imaginação e contar uma boa história.

DIXIT é um jogo que vai permitir que muitas histórias sejam contadas a partir da mesma carta, basta somente deixar a imaginação de cada um fazer o seu papel na história e isso fica bem claro pela imagem que ilustra a capa do jogo. Alguém arrisca contar uma história sobre essa imagem?