Com a franquia Harry Potter já se aproximando do seu derradeiro capítulo final nos cinemas (mesmo a Warner tendo dividido o sétimo e último capítulo em dois filmes), este filão de cinema dedicado a adolescentes de 11 a 17 anos tende a ficar carente. Como Hollywood não dorme no ponto algumas tentativas de criar uma franquia semelhante a do bruxinho nos cinema já foram feitas, primeiro com "A Bússula de Ouro" (The Golden Compass, EUA 2007) e agora chegou a vez de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, EUA 2010, no original) tentar ter sucesso nesta quase impossível missão.
A premissa do filme é interessante, colocar os deuses e seres mitológicos da Grécia transitando entre os humanos em pleno século XXI, e é em uma destas idas e vindas entre os dois mundos que Poseidon (um dos irmãos de Zeus, o outro é Hades) tem um filho com uma mortal, Percy Jackson que na trama do filme é acusado por Zeus de ter roubado os seus raios e este dá um prazo para que estes sejam devolvidos, caso contrário haverá uma guerra entre os deuses e como resultado desta guerra os dois mundos poderão encontrar a sua destruição para sempre.
Percy é descoberto pelas forças do mal, que também querem tomar posse dos poderosos raios para si, como forma de subjulgar Zeus e tomar deste o trono do Olimpo. Logo Percy deve ser levado pelo seu protetor Glover (um sátiro) e sua mãe para o acampamento onde todos os semi-deuses são treinados e onde estará em segurança até se embrenhar em sua jornada para provar a sua inocência e devolver a paz ao Olimpo. No acampamento Percy ainda conhece Annabeth (filha da deusa Athenas) que se juntará ao grupo, na jornada pelos EUA para recuperar os raios de Zeus.
O filme tem algumas sacadas legais para colocar em objetos do presente algumas armas mitológicas (vale tudo para fazer o adolescente de hoje se identificar com o heroi), logo uma caneta virá uma poderosa espada, um all star serve de disfarce para os sapatos do deus grego Hermes e o IPod de Percy como espelho para este olhar a Medusa antes de cortar a sua cabeça.
Outro atrativo do filme é usar atores do primeiro escalão de Hollywood para viver os personagens mitológicos. Então Uma Thurman aparece como Medusa, Pierce Brosman como Chiron (centarou e treinador de Percy), Sean Bean como Zeus e ai por diante.
O filme mantem o seu ritmo até o final, pena que o clímax não seja lá essas coisas e seja rápido demais.
A trilha sonora não compromete a narrativa e em alguns momentos até dá o tom certo a ação que esta sendo desenvolvida.
No mais para trazer todo esse mundo para as telas foram necessários muitos efeitos especiais e realizar vários cortes em relação ao livro de Rick Riordan. É verdade que nem li o livro ainda, mas pelos comentários do público ao final do filme várias coisas que seriam interessantes ver na tela ficaram de fora da versão final.
Dirgido por Chris Columbus (o mesmo que iniciou a franquia Harry Potter nos cinemas) o filme tem tudo para ter uma boa bilheteria e se tornar uma outra franquia, isso caso os produtores façam melhor uso da história que tem em mãos nos outros filmes da franquia que podem estar por vir.
No mais é diversão pipoca para assistir sem compromisso e não esperar muita coisa, se for visto desta maneira o filme cumpre o seu papel de divertir e entreter, será que mais está por vir? O tempo e o público é quem irão decidir o destino dos deuses, semi-deuses e criaturas deste novo universo que chegou as telas de cinema.