Antes de mais nada um aviso importante "Cisne Negro" (Black Swan, EUA 2010) não é um filme que irá agradar a todos os públicos, pois contêm cenas que realmente incomodam a maioria dos espectadores. Além é claro de ser um filme de Darren Aronofsky, que assim como em todos os seus longas anteriores procurou sempre focar a degradação que uma pessoa pode causar a si mesma, seja no perturbador "Pi" (Pi, EUA 1998), no impactante "Réquiem para um Sonho" (Requien for a Dream, EUA 2000) ou no aclamado "O Lutador" (The Wrestler, EUA 2008) e que devolveu o até então esquecido ator Mickey Rourke ao estrelado em Hollywood.
Em todos esses filmes o diretor joga o foco na vida de uma pessoa e de como a mesma pode através de seus próprios atos ir se degradando ao poucos. Em Cisne Negro isso não é diferente, só que o foco do diretor agora é mostrar que a busca pela perfeição pode levar uma pessoa a embarcar em uma jornada sem volta aos seus mais profundos medos e anseios.
Para contar essa história de forma a não dar margem a segundas interpretações o diretor foca a sua lente sobre o mundo do ballet em Nova York, onde cada bailarina ou bailarino quer dar o melhor de si para conseguir o melhor papel em um espetáculo de ballet. E aqui vale a pena dar um segundo aviso o filme não é sobre ballet e os seus bastidores, esse foi somente o meio utilizado pelo diretor para contar a história.
No ínicio da projeção ficamos conhecendo a bailarina Nina Sayers (Natalie Portman) que vive exclusivamente para o ballet, em busca do papel que irá lança-la ao sucesso e ao reconhecimento que tanto deseja. Porém será essa busca que fará Nina se degradar por suas próprias mãos, ao acreditar que Lily (Milla Kunnis) uma bailarina recém chegada ao corpo de ballet está tramando para lhe tirar o papel que ela sempre sonhou em conquistar, que é o de interpretar o Cisne Branco e o Cisne Negro na nova montagem do Lago dos Cisnes de Tchaikovsky, papel esse que exige demais do intérprete uma vez que ambos tem características diferentes e opostas.
Quando Nina é escolhida pelo rígido diretor da montagem atual do ballet Thomas Leroy (Vincent Cassel), o seu mundo começa a despencar, pois a busca pela perfeição irá fazer com que a jovem bailarina vá descendo cada vez mais a lugares mais obscuros da sua mente em um caminho sem volta.
No filme a atenção do espectador deve ser redobrada, para entender o que é real e o que é puramente imaginação de Nina já que ambos os mundos se confundem na mesma linha narrativa.
A atuação da atriz Natalie Portman é sem sombra de dúvida impecável e consegue passar para o público toda a fragilidade e angustia vivida por Nina em sua busca pela perfeição. Se não houver surpresas na noite de entrega dos Oscar a atriz deve sair da cerimônia com a sua estatueta nas mãos e justiça seja feita um prêmio merecido.
Completando o elenco principal esta a atriz Barbara Hershey que interpreta a mãe super protetora de Nina e que enxerga na filha, a esperança de ver como teria sido a sua vida caso ela não tivesse desistido do ballet para poder criar Nina, após uma gravidez não planejada. Pois este fator de super proteção irá também colaborar para que Nina não enxergue de forma clara para onde a sua vida está indo.
A fotografia do filme em alguns momentos pode incomodar os espectadores acostumados a uma câmera mais fixa, pois o diretor se vale de várias técnicas de filmagem, entre elas a de usar em muitas cenas a câmera "caminhando" junto com os seus atores ou então na cena da boate onde se tem a sensação de estar realmente em uma rave de verdade.
O filme apesar de ser um dos dez indicados para o prêmio de melhor filme de 2010, não deve levar essa estatueta, pois é um filme que vai na contramão dos padrões de Hollywood.
Ao final da projeção não será difícil encontrar pessoas entre o público que adoraram o filme e as outras que simplesmente detestaram o mesmo, pois as opiniões são realmente divergentes quando se trata de um filme de Aronofsky.
Quando Nina é escolhida pelo rígido diretor da montagem atual do ballet Thomas Leroy (Vincent Cassel), o seu mundo começa a despencar, pois a busca pela perfeição irá fazer com que a jovem bailarina vá descendo cada vez mais a lugares mais obscuros da sua mente em um caminho sem volta.
No filme a atenção do espectador deve ser redobrada, para entender o que é real e o que é puramente imaginação de Nina já que ambos os mundos se confundem na mesma linha narrativa.
A atuação da atriz Natalie Portman é sem sombra de dúvida impecável e consegue passar para o público toda a fragilidade e angustia vivida por Nina em sua busca pela perfeição. Se não houver surpresas na noite de entrega dos Oscar a atriz deve sair da cerimônia com a sua estatueta nas mãos e justiça seja feita um prêmio merecido.
Completando o elenco principal esta a atriz Barbara Hershey que interpreta a mãe super protetora de Nina e que enxerga na filha, a esperança de ver como teria sido a sua vida caso ela não tivesse desistido do ballet para poder criar Nina, após uma gravidez não planejada. Pois este fator de super proteção irá também colaborar para que Nina não enxergue de forma clara para onde a sua vida está indo.
A fotografia do filme em alguns momentos pode incomodar os espectadores acostumados a uma câmera mais fixa, pois o diretor se vale de várias técnicas de filmagem, entre elas a de usar em muitas cenas a câmera "caminhando" junto com os seus atores ou então na cena da boate onde se tem a sensação de estar realmente em uma rave de verdade.
O filme apesar de ser um dos dez indicados para o prêmio de melhor filme de 2010, não deve levar essa estatueta, pois é um filme que vai na contramão dos padrões de Hollywood.
Ao final da projeção não será difícil encontrar pessoas entre o público que adoraram o filme e as outras que simplesmente detestaram o mesmo, pois as opiniões são realmente divergentes quando se trata de um filme de Aronofsky.