Os filmes de super heróis voltaram com força total as telas dos cinemas no início da primeira década do ano 2000 com o sucesso de X-Men (X-Men, EUA 2000). Logo em seguida veio o sucesso de Homem-Aranha (Spider Man, EUA 2002) e após isso muitas outras produções vieram sejam elas mais cabeças como o caso do excelente Watchmen (Watchmen, EUA 2009) ou o surpreendente Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, EUA 2008) que deu uma nova vida a franquia do Homem Morcego nas telas, que após vários filmes equivocados nos anos 90, encontrou o equilibrio certo que os fãs tanto esperavam.
E no último dia 19/06 chegou as telas dos cinemas mais um exemplar de filmes de super heróis, que tem algo a mais a oferecer aos fãs das revistas em quadrinho deste gênero. O filme em questão é Kick-Ass: Quebrando Tudo (Kick-Ass, EUA 2009) que chega com o compromisso de ser um filme para redefinir algumas coisas ao gênero de filmes de heróis.
No início do filme o público é questionado pelo protagonista Dave Lizewski, vivido pelo ator Aaron Johson, porque nunca ninguém tentou se tornar um super herói e sair por ai combatendo o crime, e é a partir deste questionamento que Dave resolve colocar uma fantasia verde, se armar de dois tacos de baseball e sair por ai combatendo o crime com o alter ego de Kick-Ass.
Só o que Dave não sabe é que muito em breve o seu caminho irá cruzar com outros dois super heróis por puro acaso do destino. Estes heróis são Big Daddy (vivido pelo ator Nicolas Cage) e Hit Girl (vivida pela atriz mirim Chloe Moretz), que tem um acerto de contas com Frank D'amico, um gangster da cidade de Nova York, responsável por ter feito algo que prejudicou Damom McReady no passado e isso leva ao mesmo a criar o alter ego do Big Daddy.
O filme tem inúmeras referências ao universo dos quadrinhos e ao cinema contemporâneo, seja na eletrizante sequência final onde a Hit Girl participa de um intenso tiroteio ou nas citações aos quadrinhos que estão presente nos diálogos de muitos personagens.
A trilha sonora é outro atrativo a parte em Kick-Ass, mesclando rock, pop e música instrumental o filme ganha ainda mais qualidade na sua narrativa. Alias a narrativa e a montagem é outro ponto alto do filme, se lançando de vários recursos narrativos o diretor Matthew Vaughn (que também dirigiu o excelente, mas desprezado Star Dust - O Segredo da Estrela) dá ao filme o ritmo certo, seja se utilizando de uma história em quadrinho em 3D para nos contar o passado de Damom McReady ou nas trocas de cena onde se lança do recurso de colocar quadros com as palavras "Enquanto isso" entre outras para dar a impressão aos espectadores que estes estão lendo uma revista em quadrinho na tela grande.
Para completar o filme ainda tem o ator Christopher Mintz-Plasse mais conhecido do público pelo seu papel no filme Superbad - É Hoje (Superbad, EUA 2007), em que vivia o personagem McLovin. Em Kick Ass o ator vive o super herói Red Mist.
Um fato interessante do filme é que a internet e suas ferramentas são utilizadas para promover a imagem tanto de Kick Ass quanto de Red Mist, que utilizam por exemplo o MySpace para se auto promoverem, assim como o You Tube, site onde vai parar o vídeo da primeira aparição de Kick Ass. E essa linguagem escolhida pelo diretor ajuda a aproximar o filme do público.
Porém devido a sua violência explicita o filme ganhou censura 18 anos aqui no Brasil e vai ter o público bem limitado, visto que os adolescentes ficaram de fora desta vez.
Mas mesmo assim o filme já tem uma sequência planejada para o ano de 2012 e Kick-Ass 2: Balls to the Walls já tem data de estréia marcada.
Se mantiver a qualidade a sequência terá tudo para superar o original e poderemos ver mais uma vez os "heróis" quebrando tudo, pois como o próprio personagem Kick Ass diz sem super poderes não há responsabilidades, qualquer semelhança com um outro herói não é mera coincidência.
Se mantiver a qualidade a sequência terá tudo para superar o original e poderemos ver mais uma vez os "heróis" quebrando tudo, pois como o próprio personagem Kick Ass diz sem super poderes não há responsabilidades, qualquer semelhança com um outro herói não é mera coincidência.