sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Crítica - Força G

Mais um exemplar de 3D digital chega as salas de cinema, antes do tão aguardado "Avatar" de James Cameron. E desta vez é o produtor Jerry Bruckheimer de franquias milionárias como "Piratas do Caribe" e "A Lenda do Tesouro Perdido" que se aventura nesta nova mania do cinema que é o 3D digital.

Força G (G Force, EUA 2009) leva os espectadores a conhecer um grupo de porqinhos da india, que sonham em se tornar agentes especiais do serviço secreto dos EUA. Para isso o dono dos bichinhos deve provar a agência de inteligência que o programa de pesquisa que os tais bichinhos fazem parte não deve ser cancelado. Para tanto ele envia o grupo em uma missão para obter informações sobre uma tecnologia que militar que supostamente esta sendo utilizada por Leonard Saber (Bill Nighy) para equipar uma linha de eletrodomésticos produzidos pelas indústrias de Saber. No melhor estilo Missão Impossível os bichinhos penetram na mansão de Saber e conseguem os tais planos, porém algo sai errado na hora de reabrir o arquivo e o progama acaba cancelado. Cabe então ao grupo provar o que Saber pretende e como será executado o seu plano.

O roteiro é simples, porém eficiente para um filme que se propõem ser uma diversão para a família e nada mais.

O grande trunfo de Força G é ter sido pensado em 3D e isso funciona muito bem no filme. As imagens realmente saltam da tela em direção ao público e boa parte da ação do filme tem inúmeras cenas "fora" da tela. Destaque para a cena que os porquinhos da índia pilotam uma espécie de bolas motorizadas, e não são poucas as vezes que as tais bolas saltam da tela e veem em direção ao público.

O filme conta ainda com dubladores como Penelope Cruz, Nicholas Cage e Steve Buscime nas versões legendadas. Porém o 3D é dublado e mesmo assim o filme não perde em nada.

Força G é um exemplar que o 3D aliado a um roteiro simples, mas eficiente, pode servir de ferramenta para tornar o filme mais atrativo. É lógico que o filme deixa brechas para as já famosas continuações, mas se realizadas como o original e sendo adicionados novos elementos pode render bons frutos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Crítica - Arraste-me Para o Inferno


O gênero terror tem andado sumido das telas de cinema - quando digo terror são filmes que realmente fazem o público sentir medo - apesar dos exemplares de terror teen dos já distantes anos 90, onde a trilogia Pânico (Scream no original) ditou um novo rumo para as franquias de terror. Já nos anos 2000 foi a vez dos remakes de filmes de terror chegar as telas, mas a receita era sempre a mesma colocar belas mulheres em roupas sumárias e um psicopata atrás de um grupo de jovens que iam morrendo um a um.

Porém o diretor Sam Raimi - que se tornou famoso devido a um filme de terror, neste caso a série "Uma Noite Alucinante" (Evil Dead no original) - volta ao gênero que o revelou, após oito anos de dedicação a cine série do Homem Aranha e faz o corretíssimo "Arraste-me Para o Inferno" (Drag me to Hell, EUA 2009), que pelos elementos utilizados por Raimi mostra claramente que é um retorno as origens.

Tudo começa quando Christine Brow (Alison Lohman) almeja uma vaga de assistente de gerente na agência bancária onde trabalha, só que para isso ela precisa impressionar o seu chefe e tomar uma decisão difícil. E essa oportunidade aparece quando a Sra. Gunash implora a Christine para prorrogar a sua hipoteca, que é negada por Christine. Essa só não desconfia que a Sra. Gunash irá lançar nela um maldição.

A partir desse ponto Raimi utiliza todos os recursos que um filme de terror dos anos 80 utilizava para assustar as platéias, e realmente faz isso com perfeição. A clássica cena da mão saindo do túmulo está lá. As cenas que utilizam somente as penunbras e sombras para representar as entidades malígnas também estão lá.

Aliado a um roteiro ágil e cheio de reviravoltas até o último frame, Raimi consegue fazer com o que o público sinta medo no escurinho do cinema novamente assistindo ao filme, ou seja é o cinema de terror em sua plena forma e cumprindo a proposta de um filme do gênero.

Contar qualquer outra coisa é estregar as surpresas do filme e agora nos resta torcer para que o gênero volte efetivamente as salas de cinema e com bons exemplares de filme como este.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Crítica - O Contador de Histórias


Já havia comentado aqui no blog que o cinema nacional vinha ganhando uma certa maturidade, e produzindo filmes com um certo cuidado. E mais um exemplar chegou as salas de cinema no último dia 07/08 e se trata de "O Contator de Histórias" (Brasil 2009).

O filme narra uma parte da vida de Roberto Carlos, pedagogo mineiro, que hoje em dia é considerado um dos 10 melhores contadores de história do mundo.

Se não fosse pelo roteiro se prender muito a relação entre o personagem título e a pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros) e a infâcia e adolescência de Roberto, o filme funcionária melhor. Porém o diretor Luiz Villaça perde a oportunidade de fazer um filme mais tocante com a trama que tinha nas mãos.

Algumas cenas do filme merecem destaque, como a que Roberto se imagina dentro da história "Vinte Mil Léguas Submarinas" e a ação desta cena é toda em animação, para depois cortar a cena e mostrar o personagem título cheirando Tinner escondido de Margherit. Outra cena interessante se dá durante os créditos finais do filme quando vemos o verdadeiro Roberto contando uma de suas histórias para um grupo de pessoas.

A maioria dos atores são meros coadjuvantes e dividem a tela com Maria de Medeiros e Paulo Henrique (que vive Roberto aos 13 anos de idade), que está a maior parte dos 109 minutos do longa na tela.

O filme conta com alguns flashbacks que podem confudir os espectadores mais desatendos a trama. E as vezes até desnecessários ao que está se passando, pois quebra a narrativa.

No fim das contas é um filme regular que cumpre em parte o que prometeu, faltou ao diretor mais ousadia para entrar mais no imaginário de Roberto e de suas histórias, para ai sim o filme fazer justiça ao seu título.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Etc & Tal - Paper Toys


Outro dia através de uma amiga fiquei conhecendo os paper toys, que são feitos de papel (lógico o próprio nome já diz) e são criações de designers ou são toys baseados em personagens da cultura pop.

Os toys não são dificeis de se montar, mas exigem uma certa paciência e precisão nos cortes para se obter um resultado legal.

Um site para se começar a conhecer e se aventurar na montagem dos toys é:


Os personagens vão desde Mario Bros, passando pelo Garfield, Hello Kitty e até personagens como R2 D2 e o Dr. Manhattan (que ilustram esse post e são os meus primeiros toys).

Quem quiser se arriscar o site esta aqui no post e a foto dos toys para ver o resultado final.

sábado, 1 de agosto de 2009

Crítica - Inimigos Públicos


Há algum tempo o cinema andava carente de filmes que aliassem um bom roteiro, boa direção, boas atuações e uma boa fotografia para contar uma história que prendesse a atenção do público até o último minuto de filme. E é aliando isso tudo, que Michael Mann o diretor de "Inimigos Públicos" (Public Enemies, EUA 2009) consegue fazer um filme que é coeso em todos os sentidos.

O filme leva o público para o ano de 1933 nos Estados Unidos, onde a recessão entra em seu quarto ano e o governo nega veemente verbas para a criação de uma bureau federal de investigação. No meio desse cenário surge a figura de John Dillinger (Jonnhy Depp em outra atuação perfeita) e seu bando que roubam bancos em Chicago e desafia a justiça dos EUA, a ponto da mesma criar uma divisão somente para cuidar do caso Dillinger.

É colocado então no encalço de Dillinger o agente Melvin Pulvir (Christian Bale) que acredita que métodos científicos e racionais, podem levá-lo até o seu alvo para que este efetue a prisão e de motivos para o governo americano criar um bureau de investigação federal. E a caçada a Dillinger e seu bando ocorre por vários estados americanos com um foco maior em Chicago.

Um outro ponto alto do filme é a fotografia que não deixa a desejar em nenhum momento, e faz com que o público visualize de forma clara como era a época que o filme retrata.

Outro destaque é a personagem de Mariom Cottilard, que vive Billie, a mulher pela qual Dillinger é apaixonado e faz de tudo por ela.

As cenas de tiroteio entre os agentes e o bando de Dillinger são bem dirigidas por Michael Mann, que consegue captar toda a tensão de ambos os lados.

Com este filme podemos dizer que os filmes de gangster que andavam sumidos das telas por algum tempo, tem tudo para voltarem a ocupar um lugar de destaque nas telas de cinema e atrair o público, pois com uma boa história e uma direção eficiente, nem irá parecer que já se passaram mais de duas horas entre o inicio do filme e o seu desfecho. E até neste ponto "Inimigos Públicos" acerta pois os seus 140 minutos de projeção passam de forma a parecer que se passaram somente alguns minutos.

Ao sair do cinema o público sai satisfeito com o que assistiu e nos resta esperar que outras boas histórias como essa cheguem as salas de cinema com mais frequência.